Nos meses de outubro e de novembro, a natureza veste-se de cores laranjas e castanhas, preparando-se para mais um Inverno que se avizinha.
Foi dentro desta temática que surgiram alguns textos de alunos sensibilizados pela melancolia do Outono doirado.
Publica-se aqui, o texto do mês de novembro, um conto maravilhoso que convidamos todos a ler.
Esperamos que gostem!
Em busca da Outono
Era
uma vez um reino chamado “Estações” e nesse reino havia quatro habitantes muito
belas mas muito diferentes umas das outras: Primavera, Verão, Outono e Inverno.
Todas elas eram simpáticas, menos a Inverno que se tinha tornado egoísta e
arrogante, nunca ninguém soube bem porquê. As
outras pensavam que teria a ver com o facto de ser menos vistosa. A realidade é
que a Inverno se tornou fria e distante.
Um dia a Outono, para tentar quebrar o gelo, foi à mansão da Inverno.
Toc, toc, toc!…
- Olá, Inverno! Como tens passado? – disse com amabilidade. - Trago-te aqui uma oferenda da minha parte, o meu famoso bolo de castanhas. Espero que gostes.
A Inverno olhou para o bolo e, com aquele olhar de má e triste, depois de analisar desconfiadamente o bom aspeto que tinha, retirou um bocado de bolo com o dedo:
- Hum… Não é mau, não senhora! Dá cá isso! – e arrancou o bolo das mãos de Outono. - O que estás então aqui a fazer?
- Vim fazer as pazes! Não vejo razão para te teres tornado tão fria connosco, Inverno, e decidi ser eu a dar o primeiro passo. – Respondeu a Outono, no seu tom melancólico e adocicado.
A Inverno olhou para Outono e logo lhe veio ao pensamento um plano maléfico “Se eu prender esta, as outras vêm atrás e eu prendo-as a todas e fico com as suas terras frondosas todas só para mim. Ah! Ah! eu sou tão inteligente!”
- Claro, entra! – apressou-se a dizer Inverno, simulando o seu sorriso sarcástico.
Ao entrar na mansão, Outono ficou espantada com o gelo que se sentia lá dentro, a decoração era triste e desconfortável, e apenas uma réstia preguiçosa de luz do dia entrava pelas frestas das janelas cerradas. Mas, mesmo assim, continuou a seguir a Inverno até à sua sala secreta, a sala de estar escura e bafienta. Mal chegaram, a Inverno convidou-a a sentar-se no sofá onde uma manta cinzenta tentava disfarçar o seu mau estado.
- Põe-te à vontade, enquanto eu vou buscar um chá e algo para comer com o teu bolo – pronunciou Inverno com o seu sorriso amarelo torrado.
Quando saiu, … A porta secreta bateu atrás de si com todo o estrondo, … Pás! … trancando Outono.
Habitualmente, a Primavera, a Verão e a Outono iam visitar-se umas às outras, mas, naquele dia, não encontraram Outono. Evidentemente que elas ficaram preocupadas, até porque a Outono era muito responsável e tinha o cuidado de as avisar caso não pudesse. Então, pensaram: “Ela queria tanto fazer as pazes com a Inverno…”.
- Ah! Já sei onde ela está! – exclamaram em coro.
Verão e Primavera foram a correr para a mansão de Inverno, pois pressentiam que alguma coisa de errado se passava. Quando lá chegaram, utilizaram uma linguagem mais agressiva:
- Onde é que ela está?! – perguntou preocupada Verão.
- Do que é que estás a falar? – fingiu Inverno.
A Primavera e a Verão entraram de rompante, empurrando a porta e ouviram a Outono a gritar por ajuda. Seguiram os gritos estridentes de Outono e conseguiram descobrir a sala secreta. Ao entrarem, a Inverno trancou-as de imediato.
- Deixa-nos sair!! – gritaram elas – deixa-nos sair!
De repente, a Verão lembrou-se de que ainda tinha alguns raios de sol, última geração, na sua bolsa e, como a casa era feita de gelo, não demorou a conseguir derreter a porta.
À saída encontraram a Inverno a deliciar-se com o bolo de castanhas, não as vendo. Então, as três recuaram e logo montaram uma armadilha. Assim, quando iam a sair, atraíram propositadamente a atenção de Inverno que desata atrás delas pelo corredor adiante e … trás!...pás!... a armadilha cai em cima dela.
Finalmente, chegaram à casa de Outono. Festejaram durante muito tempo por se terem livrado da Inverno de vez. E, daí em diante, viveram felizes como sempre e em paz.
Um dia a Outono, para tentar quebrar o gelo, foi à mansão da Inverno.
Toc, toc, toc!…
- Olá, Inverno! Como tens passado? – disse com amabilidade. - Trago-te aqui uma oferenda da minha parte, o meu famoso bolo de castanhas. Espero que gostes.
A Inverno olhou para o bolo e, com aquele olhar de má e triste, depois de analisar desconfiadamente o bom aspeto que tinha, retirou um bocado de bolo com o dedo:
- Hum… Não é mau, não senhora! Dá cá isso! – e arrancou o bolo das mãos de Outono. - O que estás então aqui a fazer?
- Vim fazer as pazes! Não vejo razão para te teres tornado tão fria connosco, Inverno, e decidi ser eu a dar o primeiro passo. – Respondeu a Outono, no seu tom melancólico e adocicado.
A Inverno olhou para Outono e logo lhe veio ao pensamento um plano maléfico “Se eu prender esta, as outras vêm atrás e eu prendo-as a todas e fico com as suas terras frondosas todas só para mim. Ah! Ah! eu sou tão inteligente!”
- Claro, entra! – apressou-se a dizer Inverno, simulando o seu sorriso sarcástico.
Ao entrar na mansão, Outono ficou espantada com o gelo que se sentia lá dentro, a decoração era triste e desconfortável, e apenas uma réstia preguiçosa de luz do dia entrava pelas frestas das janelas cerradas. Mas, mesmo assim, continuou a seguir a Inverno até à sua sala secreta, a sala de estar escura e bafienta. Mal chegaram, a Inverno convidou-a a sentar-se no sofá onde uma manta cinzenta tentava disfarçar o seu mau estado.
- Põe-te à vontade, enquanto eu vou buscar um chá e algo para comer com o teu bolo – pronunciou Inverno com o seu sorriso amarelo torrado.
Quando saiu, … A porta secreta bateu atrás de si com todo o estrondo, … Pás! … trancando Outono.
Habitualmente, a Primavera, a Verão e a Outono iam visitar-se umas às outras, mas, naquele dia, não encontraram Outono. Evidentemente que elas ficaram preocupadas, até porque a Outono era muito responsável e tinha o cuidado de as avisar caso não pudesse. Então, pensaram: “Ela queria tanto fazer as pazes com a Inverno…”.
- Ah! Já sei onde ela está! – exclamaram em coro.
Verão e Primavera foram a correr para a mansão de Inverno, pois pressentiam que alguma coisa de errado se passava. Quando lá chegaram, utilizaram uma linguagem mais agressiva:
- Onde é que ela está?! – perguntou preocupada Verão.
- Do que é que estás a falar? – fingiu Inverno.
A Primavera e a Verão entraram de rompante, empurrando a porta e ouviram a Outono a gritar por ajuda. Seguiram os gritos estridentes de Outono e conseguiram descobrir a sala secreta. Ao entrarem, a Inverno trancou-as de imediato.
- Deixa-nos sair!! – gritaram elas – deixa-nos sair!
De repente, a Verão lembrou-se de que ainda tinha alguns raios de sol, última geração, na sua bolsa e, como a casa era feita de gelo, não demorou a conseguir derreter a porta.
À saída encontraram a Inverno a deliciar-se com o bolo de castanhas, não as vendo. Então, as três recuaram e logo montaram uma armadilha. Assim, quando iam a sair, atraíram propositadamente a atenção de Inverno que desata atrás delas pelo corredor adiante e … trás!...pás!... a armadilha cai em cima dela.
Finalmente, chegaram à casa de Outono. Festejaram durante muito tempo por se terem livrado da Inverno de vez. E, daí em diante, viveram felizes como sempre e em paz.
Nídia Dias, 9.º A, n.º 15
