A turma do 6.º A continua a viajar no tempo, imaginando viver nas épocas em estudo, no âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal. Publicamos alguns textos escritos a partir da seguinte proposta:
Imagina que tinhas sido contratado para seres espião ao serviço do rei D.
João II, com uma missão muito secreta e de alto risco. Baseando-te no que
aprendeste, escreve um relato da viagem, dos obstáculos que tiveste que ultrapassar,
do que descobriste, do que sentiste, enfim, de tudo o que viveste. Podes
inspirar-te em Pero da Covilhã e em Afonso de Paiva.
D. João II mandou-me em busca de ouro e riquezas de outros reinos.
Parti de Lisboa e
segui as rotas comerciais Árabes. Disfarcei-me de mercador, para obter
informações sobre o oceano Índico e ainda procurar reinos cristãos. Por onde passei
aconteceram várias coisas incríveis durante a viagem. Passámos por monstros horripilantes,
sereias, todo o tipo de criaturas. Um dos meus marinheiros quase que foi levado
por uma sereia, para além das tempestades… Fomos seguidos por um barco pirata
que quase nos assaltou mas não conseguiu. Por fim, consegui chegar às terras
prometidas, disfarçada. E, com os meus companheiros, consegui chegar, com
sucesso, ao ouro e às riquezas.
Eu e a minha equipa
estávamos mascarados de mercadores árabes, numa missão muito assustadora, enquanto
queríamos saber o comércio da Índia e sobre a navegação no oceano Índico e
procurar reinos cristãos.
Aquilo foi muito
difícil, o mar furioso e as ondas a nos levar de um lado para o outro, parámos
na Índia. Comerciámos o gengibre, a pimenta, e a canela e depois partimos. Isto
foi muito assustador. Fomos descobrir a localização geográfica, mas ainda há uma
coisa que não fizemos! No oriente, tínhamos de converter as pessoas ao
cristianismo, mas aquilo era mais difícil do que pensei. Convertemo-los com as
forças das armas ou pela paciência.
No dia 26 de março do
ano de 1490
Ibrahim Almannaa
Lá ia eu e o meu
amigo Gabriel dos Santos a começar a nossa expedição terrestre como espiões.
Confesso que estava com um bocadinho de receio, lá íamos, de vez em quando
olhávamos para trás e víamos D. João II e mais alguns habitantes a acenar com a
mão dizendo adeus.
Chegámos às rotas comerciais Árabes. Chegámos lá, disfarçados de mercadores a tentar obter informações sobre o comércio da Índia e sobre a navegação no oceano Índico. E ainda procurar reinos cristãos. Depois de algum tempo, as informações que eu enviei foi a dizer que Bartolomeu Dias tinha entrado no oceano Índico. Por isso, já era possível chegar à Índia por mar.
João Carlos Oliveira
Salve! O meu nome é
Miguel Viela e fui contratado por Sua Majestade, o rei D. João II, para
verificar se a viagem atribuída ao reino, através de Bartolomeu Dias era real.
É claro que, para
desenvolver esta missão, tinha de constatar se realmente era verdadeira a
entrada no oceano Índico, por parte de Bartolomeu Dias.
Como eu não me
aventurei a fazer a viagem por mar, resolvi fazê-la segundo as rotas comerciais
dos árabes. Viagem esta, que fiz disfarçado de mercador árabe.
Ao longo da viagem
senti imensas dificuldades devido às línguas, culturas e religiões dos diversos
povos e até nos caminhos percorridos.
Foi com imensa
satisfação que verifiquei que Bartolomeu Dias conseguiu navegar no oceano
Índico e que eu também realizei a missão secreta atribuída por Sua Majestade, o
rei D. João II, de encontrar povos cristãos.
Miguel Viela
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Estava eu, em 1484, quando o rei me
incumbiu de descobrir e saber do Preste João e onde achar a canela e as outras
especiarias que daquelas partes chegavam a Veneza por terra de mouros.
Nessa viagem para o Oriente passei por
Valência, Barcelona, Nápoles, Rodes, Alexandria, Cairo, Suez, fazendo uma
grande paragem.
Em Calecute, fui informado sobre a existência de Ceilão, de onde vinha a canela, e da Malásia, de onde era oriunda a noz-moscada, entre outras especiarias que fui encontrando ao longo da minha viagem. Também fui descobrindo vários conhecimentos que se iriam revelar fundamentais para o futuro.
Nádia Oliveira
Em
1487, parti para a minha primeira expedição terrestre, para obter informações
se é possível chegar à Índia por mar.
Partimos
de Lisboa e atravessámos o sul da Península Ibérica até Barcelona, onde
chegámos a 14 de junho. Daí, uma nau me levou até Nápoles em dez dias. Chegámos
até ao arquipélago grego em outros dez dias. Desembarcámos na ilha de Rodes,
que seria a última terra cristã que pisávamos.
Chegámos
em novembro de 1488 a Calecute, um dos pequenos reinos da Índia. Aí eu conheci
um mercador que me explicou o percurso e onde iam parar as rotas de
especiarias.
Em
dezembro de 1489, depois de fazermos tudo aquilo que precisávamos, ficámos
felizes, com um sentimento de termos completada a nossa missão e com muitas
saudades dos nossos familiares e amigo.
Quando chegámos a Portugal fomos recebidos pelo nosso rei D. João II e pelo povo. Afinal era possível chegar à Índia por mar, como suspeitávamos.
Paula Pereira
Sou uma espiã, por
isso não revelo o meu nome. Fui contratada por D. João, com a missão de obter
informações sobre o comércio na Índia e sobre a navegação no oceano Índico, e
como se não bastasse, ainda tenho a missão de procurar reinos cristãos. Vou-vos
contar um pouco sobre a minha viagem de alto risco.
Parti de Lisboa, seguindo as rotas comerciais dos Árabes, disfarçada de mercador, com o meu companheiro de missão. Nesta grande viagem, passei por vários países e locais perigosos. Passei por várias dificuldades e aflições mas também me diverti um pouco. Estive em Barcelona, Nápoles, Rodes, Cananor, Ormuz e, por fim, cheguei a Sofala.
Da minha missão, pude concluir que Bartolomeu Dias tinha entrado no
oceano Índico. Já era possível chegar á Índia por mar.
Agora estou ansiosa
por voltar e receber o meu prometido ouro.
Renata Remelgado
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Eu fui contratado por D. João II para fazer
uma expedição terrestre para chegar à Índia.
Parti de Lisboa com um grande saco com
mantimentos e um traje árabe. Passando algumas semanas, cheguei a uma das
terras mais poderosas e ricas da Europa, a França. Abasteci-me e voltei à
viagem.
Andei por duas semanas sozinho, mas depois
encontrei um habitante que se ofereceu para ir comigo. Ele ensinou-me a sua
língua e costumes e tornámo-nos amigos. Passados uns meses cheguei a terras
árabes, vesti o meu disfarce e perguntei a um mercador onde ficava a Índia, mas
ele não nos disse nada. O meu amigo não tinha disfarce e foi assassinado. Eu
forcei esse mercador a dizer e descobri que já tinha chegado. Cheguei a
Calecute e consegui fazer comércio.
Passado um ano cheguei a Portugal pelo caminho
marítimo para a Índia e fiquei reconhecido como um herói.
Rodrigo Rajão
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Na minha viagem de
espiões, eu conheci uma grande parte do mundo. Vou contar-vos como foi.
Estava lá eu, com um disfarce de árabe, para me tentar infiltrar num navio árabe em direção à Índia. Eu quase fui descoberto mas, como sou muito bom e experiente em missões, eles deixaram de desconfiar de mim. Eu e o meu leal parceiro combinámos encontrar-nos, para contar as rotas do comércio e os reinos cristãos. Mas, quando nos fomos encontrar eu não o vi. Só vi dois mensageiros vindos de Portugal. Eles disseram-me que o meu companheiro tinha morrido. Perguntei como é que ele tinha morrido e eles responderam que ninguém sabia a causa da morte, mas eu suspeito que ele talvez tenha sido assassinado em Meca. Porque ele passou por lá.
Rodrigo Ribeiro