segunda-feira, 13 de junho de 2011

«O Meu Livro de Cabeceira»





















O meu livro de cabeceira nos últimos tempos foi Uma Aventura no Inverno, uma aventura escrita por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, sendo as ilustrações de Arlindo Fagundes (edição da Caminho).

O livro retrata a vida de cinco amigos, que são uns verdadeiros aventureiros. Neste "episódio", a história começa na época de Natal com as gémeas Teresa e Luísa, a tentarem evitar ficar encharcadas pela chuva, e a abrigar-se num novo centro comercial: o Centro Picapau. As gémeas começam a vaguear pelas lojas e após muitas voltas tropeçam num segredo do Centro Comercial: a partir daí desenrola-se a nova aventura.

O tema abordado é como já disse aventura. As autoras exploram o tema de uma maneira que nos agarra à história (e eu acho-o fantástica), mostrando como cinco amigos aventureiros estão constantemente a desafiar perigos.

As autoras usam uma linguagem moderna, aquela que é usada no nosso dia-a-dia. Um dos períodos da obra que gostei, vou citá-lo agora, decorre no momento em que os cinco amigos estão a fugir dos malfeitores.

Teresa, que ia à frente, deteve-se e chamou:

- Venham! Aqui há um esconderijo

Luísa e Pedro enfiaram-se atrás dela, mergulhando os très ao mesmo tempo num espaço acanhado que com certeza servia de depósito à fábrica de tintas, pois as paredes estavam ocultas por pirâmides feitas por latas cujos rótulos indicavam "Azul-Marinho", "amarelo" ou "amarelo-torrado".

Mal se tinham instalado, ouviram de novo o ladrar de cães ques e aproximavam de súbito

"PEI,PEI,PEI"

-Tiros! Andam aos tiros.

-Assassinos!

Uma onda de pavor submergiu-os.

-São Loucos!

-Queriam-nos matar!

-Porquê? Porquè? - perguntavam as gémeas, encolhidas fora do alcance das balas.

Os tiros tinham parado e Luísa ia a soerguer-se devagarinho com a intenção de espreitar pela janela quando um novo disparo zuniu, estilhaçando um vidro mesmo por cima dela. "ZIM!!"

E logo após, uma pasta melosa escorreu ensopando-lhe o cabelo, cara, ombros e pescoço.

Acho que este livro é recomendável, porque a aventura, acção e a própia história é fascinante, diverte-nos e com certeza passamos um bom bocado a lê-la.

Os aspectos que acho que melhor se apreciam são os diálogos entre os cinco amigos, o modo como eles planeiam as suas aventuras e como se vão desenrascando ao longo da narrativa.

João Pedro Lopes Amorim (nº 10, 9º C)