segunda-feira, 21 de março de 2011

«O Meu Livro de Cabeceira»



O livro que acabei de ler chama-se «Uma Viagem no Tempo do Castelos» de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Foi editado em Fevereiro de 1995, pela editora Caminho.

Eu gostei de ler o livro, principalmente os capítulos 2 e 3, pois é neles que começa a aventura propriamente dita de dois irmãos. Eles são o João e Ana e vão de férias para a casa da sua tia, que mora numa aldeia na Serra do Marão. Quando lá chegam, a tia proíbe-os de saírem para perto do quintal.

Porém a curiosidade é enorme: querem conhecer o Castelo que lá existe. Assim, os dois irmãos decidem portar-se bem para poderem sair de casa e poderem ver o que havia no castelo.

Os aldeões afirmavam que havia lá um lobisomem ou até um bruxo. Na realidade, era apenas um cientista chamado Orlando, o dono do castelo, que utilizava aquele espaço para fazer viagens no tempo. E é aqui que começa a história de uma viagem ao século XII.
Vou partilhar um pequeno excerto da história para que todos possam entusiasmar-se tanto quanto eu me entusiasmei:

“No pátio do castelo estava gente. Não era, no entanto, difícil de reconhecer o conde Argemiro. Só podia ser aquele! Montado num cavalo preto, parecia impaciente por partir. A sua figura impressionava qualquer um. Impunha-se.

À sua volta, aglomeravam-se outros fidalgos em traje de caça, trajes bonitos, em tons castanhos e verdes. Estavam todos a cavalo, rodeados por mais de cem sabujos que farejavam e latiam, inquietos.

Num varandim sobranceiro, um grupo de damas observava os preparativos em animada conversa.

— Que hoje não fique porco-montês, urso ou veado por esse monte! - gritou uma delas.

E que bonita que era! Tinha um toucado igualzinho aos que costumavam aparecer nos livros de contos de fadas.

Argemiro, que por certo conhecia bem os bosques e matos em redor do seu castelo, esporeou o cavalo e partiu á desfilada, logo seguindo pelos outros cavaleiros e pelos cães, que ladravam furiosamente.

Em breve não se via mais que uma nuvem de pó no horizonte.

Os dois irmãos estavam fascinados!

— Uma caçada! Vi nobres partirem para uma caçada no séculos I! Nem posso acreditar! Assim, a assistir a tudo! – propôs o cientista, que parecia tão entusiasmado como eles. – Foi uma sorte cairmos no meio de uma caçada! Com aquela barafunda, com certeza nem dão por nós.
— Assistir a tudo, como? – perguntou o João.

— A cavalo! O conde Argemiro é muito rico e tem a cavalariça cheia de cavalos lindos…

O João e a Ana, completamente esquecidos de que eram visitantes de outra época, e que podiam correr sérios riscos se fossem apanhados, puseram-se aos pulos de excitação.

— Estejam quietos! Não façam barulho! – ralhou o Orlando. — Temos de ter muito cuidado. E lembrem-se, não se podem afastar de mim, hã!?

— Está bem! Está bem! Desculpe…

— Bom…toca a andar!

Disfarçadamente procuraram a cavalariça. Era um edifício comprido, de um só piso, com várias portas muito amplas.

Entraram ali, mas como traziam os olhos cheios de sol não conseguiram logo ver o que se passava lá dentro. Apenas o som dos cascos no lajedo e um forte cheiro a palha e a estrume os fez a certeza de que era aquele o lugar que procuravam.

O Orlando levou-os para junto dos cavalos que pareciam mais mansos.

— Espero que saibam montarem.

— Já andámos a cavalo, mas na verdade não temos muita prática! – confessou a Ana.

— Ora, também não é bem assim – interrompeu o João, cheio de medo de ver aquele programa falhar. – Eu acho que monto bem…

— Bom, seja como for, têm de montar. Na época em que estamos não há muitos meios de transporte por onde escolher.

O João sorriu para a irmã e piscou-lhe o olho. A Ana também estava contente, embora a assaltasse um vago receio.

O cientista aparelhou os cavalos e ajudou-os a escarrancharem-se na sela. Aquele homem era incrível! Sabia de tudo um pouco, até de cavalos! Entregou a cada um deles uma vergastinha, e montou por sua vez, recomendando:

— Juízo, tenham juízo!

As suas rosetas encarnadas avivaram-se-lhe tanto nas bochechas que a Ana teve dúvidas: seria sinal de medo ou de alegria?”

Para descobrir o que vai acontecer a seguir aos irmãos e ao cientista, aconselho a lerem o livro, pois é interessante, fala de épocas antigas, e se forem bons leitores descobrirão que quem lê um livro, pode viajar com ele!

Cátia Sousa (nº 5, 9º C)