Após quarenta e sete dias de publicações diárias de poemas escritos essencialmente por alunos, desde o 5.º ao 9.º Ano, mas também por professoras, assistentes operacionais, assistentes técnicas e ainda uma encarregada de educação, chega ao fim a Primavera dos Poetas, no dia combinado, precisamente quando a primavera dá lugar ao verão.
Nesta despedida deixamos três poemas muito diferentes, mas que têm em comum o facto de aludirem ao verão e, inevitavelmente, às tão desejadas e merecidas férias. Os seus autores são, respetivamente, Ana Paula Alves, Miguel Viela, do 6.º A e Gabriel Ferreira, do 7.º B.
Poema do Verão
Quando a brisa suave, engalanada em festa
nos invade a casa,
quando o luar rendilha a noite
de ternos sonhos,
quando as névoas da manhã
espalham o cheiro a mar e a viagem,
quando os frutos se abrem
em perfumes que endoidecem,
quando o canto dos grilos
sulca os veios da terra,
quando os dedos dourados do Sol
nos afagam o coração,
quando o verde das árvores
se impregna de viva luz
e a sua sombra apetece,
é porque chegou o verão!
Ana Paula Alves (professora
bibliotecária)
Poema Verão
Chega o verão
Temos as férias grandes
Muita alegria e animação
O verão é incrível
O tempo é quente
E a praia tem muita gente
Os mosquitos aparecem
Picam-nos sem parar
Só os queria ver chorar
Miguel Viela, 6.ºA
É
preciso
É preciso futebol!
É preciso os amigos!
É preciso ignorar palavras negativas,
como nojo, vómito e prisão,
pois essas palavras apenas
nos trazem solidão.
É preciso ter férias,
começar o verão e o calor
e ver o mar
e ondas a rebentar.
É preciso acabar com a depressão,
esquecer a solidão, a tristeza e a morte.
É preciso viver!
É preciso viver!
Gabriel Ferreira, 7.º B