segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Textos do Mês

Nesta época festiva, muitos são aqueles que por razões diversas não esperam ter um Natal com abundância.

Foi a pensar nessas pessoas que surgiu o texto da aluna Diana Ferreira do 9.º B. Sensibilizada pelo contexto social que estamos a viver, ela escreveu esta crónica que vale a pena ler.


O Natal

Em dezembro começa a correria e veem-se adultos e crianças de um lado para o outro, num frenesim estonteante. As pessoas pensam demasiado nas prendas e nas compras, valorizam o que é material e esquecem-se do mais importante, a mensagem de Natal.

Na minha opinião, o essencial é estar bem pertinho da família, dar carinho e amor aos nossos, não só no Natal, mas também durante o ano todo. No entanto, este ano, por causa da pandemia, será um Natal diferente. Não poderemos receber toda a família em casa. Mas, mais vale nos sacrificarmos um pouco este ano para, no próximo ano, podermos estar, novamente, com toda a nossa família.

Apesar de todo o entusiasmo natalício, penso bastante nas famílias que não têm dinheiro devido ao desemprego, por isso não irão conseguir dar prendas às suas crianças e provavelmente não irão ter na mesa o que habitualmente tinham. Todas as crianças deviam ter direito a comida, prendas, roupa, e os adultos deveriam ter como pagar as rendas das suas casas e como bem alimentar os seus filhos. Porém, nem todos conseguem ter o indispensável para viver, infelizmente. Por outro lado, a solidão de muitos idosos que estão isolados em lares ou, então, sozinhos em suas casas há meses sem poderem ver as suas famílias torna-se maior. Também será um Natal particularmente triste para as famílias que perderam os seus idosos e não puderam estar com eles num último adeus.

Concluindo, o Natal é importante pela sua mensagem. No entanto, seria bom que todas as famílias tivessem as mesmas condições para o poderem usufruir e se preocupassem menos com o consumismo. Seria também bom que a pandemia terminasse para todos termos um Natal com menos solidão e preocupação.

 Diana Ferreira, 9.º B

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Natal... época de desejos, época de sonhos!

Nada mais apropriado do que este poema do aluno Francisco Martins do 7.º B que, com enorme satisfação, publicamos.


JOIA


Comprei uma bela joia,

muito cara e valiosa.

Todos querem uma igual,

mas não se compra em qualquer loja!

 

É uma joia poderosa,

que sabe escrever e contar.

Quem não quer uma joia assim?

Uma joia que saiba pensar!

 

Na verdade, para alguns não é muito.

Mas para outros é algo especial.

Para uns, é só mais um bem.

Para outros, a Pedra Filosofal!

 

De facto, se não fosse esta joia,

o mundo não seria assim.

Não saberíamos muita coisa.

Nem que o Universo não tem fim!

 

Todos devem ter uma joia como esta,

Ou, pelo menos, já ouviram falar nela.

Hoje em dia é tão vulgar,

que já ninguém a acha bela.

 

Acho que nós, seres humanos,

não lhe damos o devido valor,

a esta joia magnífica,

também conhecida por computador.                                              


    Francisco Martins, 7.º B