Nesta época festiva, muitos são aqueles que por razões diversas não esperam ter um Natal com abundância.
Foi a pensar nessas pessoas que surgiu o texto da aluna Diana Ferreira do 9.º B. Sensibilizada pelo contexto social que estamos a viver, ela escreveu esta crónica que vale a pena ler.
O Natal
Em dezembro começa a correria e veem-se
adultos e crianças de um lado para o outro, num frenesim estonteante. As
pessoas pensam demasiado nas prendas e nas compras, valorizam o que é material
e esquecem-se do mais importante, a mensagem de Natal.
Na minha opinião, o essencial é estar bem
pertinho da família, dar carinho e amor aos nossos, não só no Natal, mas também
durante o ano todo. No entanto, este ano, por causa da pandemia, será um Natal
diferente. Não poderemos receber toda a família em casa. Mas, mais vale nos
sacrificarmos um pouco este ano para, no próximo ano, podermos estar,
novamente, com toda a nossa família.
Apesar de todo o entusiasmo natalício, penso
bastante nas famílias que não têm dinheiro devido ao desemprego, por isso não
irão conseguir dar prendas às suas crianças e provavelmente não irão ter na
mesa o que habitualmente tinham. Todas as crianças deviam ter direito a comida,
prendas, roupa, e os adultos deveriam ter como pagar as rendas das suas casas e
como bem alimentar os seus filhos. Porém, nem todos conseguem ter o
indispensável para viver, infelizmente. Por outro lado, a solidão de muitos
idosos que estão isolados em lares ou, então, sozinhos em suas casas há meses
sem poderem ver as suas famílias torna-se maior. Também será um Natal
particularmente triste para as famílias que perderam os seus idosos e não
puderam estar com eles num último adeus.
Concluindo, o Natal é importante pela sua
mensagem. No entanto, seria bom que todas as famílias tivessem as mesmas
condições para o poderem usufruir e se preocupassem menos com o consumismo.
Seria também bom que a pandemia terminasse para todos termos um Natal com menos
solidão e preocupação.
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Natal... época de desejos, época de sonhos!
Nada mais apropriado do que este poema do aluno Francisco Martins do 7.º B que, com enorme satisfação, publicamos.
JOIA
Comprei
uma bela joia,
muito cara e valiosa.
Todos querem uma igual,
mas não se compra em qualquer
loja!
É uma joia poderosa,
que sabe escrever e contar.
Quem não quer uma joia assim?
Uma joia que saiba pensar!
Na verdade, para alguns não é muito.
Mas para outros é algo especial.
Para uns, é só mais um bem.
Para outros, a Pedra Filosofal!
De facto, se não fosse esta joia,
o mundo não seria assim.
Não saberíamos muita coisa.
Nem que o Universo não tem fim!
Todos devem ter uma joia como
esta,
Ou, pelo menos, já ouviram falar
nela.
Hoje em dia é tão vulgar,
que já ninguém a acha bela.
Acho que nós, seres humanos,
não lhe damos o devido valor,
a esta joia magnífica,
também conhecida por computador.
Francisco Martins, 7.º B