segunda-feira, 30 de maio de 2011

«O Meu Livro de Cabeceira»





















O livro que li, no âmbito do projecto «O Meu Livro de Cabeceira» foi A Rainha de Copas, uma obra escrita por Luís Filipe da Costa Pires (Editorial Notícias), publicado em 1998.

Este é um romance policial, tecido de transparências e mistérios, idênticos a um jogo de cartas. Tudo começa com a morte de um deputado (Pedro Matos Sousa) num carro armadilhado, o que dá portas a uma investigação do detective particular, cujo nome é Frank Brewster.

Ora este Frank Brewster após aceitar o contrato proposto por um homem desconhecido (designa-se por “Senhor Quinze Mil Contos” por ter feito durante um telefonema o pagamento de quinze mil contos (cerca de setenta e cinco mil euros), começa a sua investigação criminal, com a cooperação de seu amigo, o Inspector Policial Cardoso, ambos já conhecidos de há muito tempo e, por assim dizer, amigos.

O amor e a paixão não são aqui esquecidos. Frank durante a ida a um bar para se olvidar de certos problemas pessoais encontrou uma mulher lindíssima que lhe despertou a curiosidade e o que se pode chamar “uma paixão à primeira vista particularmente estranha”, pois ofereceu-lhe uma bebida de cor vermelha muito berrante, com muito álcool: era uma bebida afrodisíaca chamada “Rainha de Copas”.

A secretária de Frank (cujo nome é Teresa) também tem uma grande paixão pelo detective, isto desde que trabalha para si, no seu escritório. Mas Frank não se deixa levar pela tentação e não se descola do conselho de seu falecido pai (assassinado outrora à sua frente) e que consistia basicamente nisto: “Não deves misturar o negócio com o prazer!”

A Rainha de Copas recebeu o primeiro prémio do concurso “Prosas de Estreia”, uma iniciativa conjunta da Editorial Notícias e do Instituto Português de Juventude. Neste livro instala-se um enrolamento bem estruturado. Tem um vocabulário regular e é uma excelente proposta de leitura para pessoas da minha idade, ou até mais velhos, visto que o autor usa uma linguagem sedutora, capaz de nos prender do primeiro ao último instante.

O livro é empolgante e a acção mantém-nos em suspenso: nunca sabemos se o detective particular Frank Brewster vai ou não descobrir o criminoso culpado pelo assassinato do deputado Pedro Matos Sousa.

Eu aconselho vivamente este livro a todos os leitores que gostam de romances policiais e, principalmente, de uma linguagem repleta de pistas, indícios e enigmas!

Paulo Mota (nº 16, 9º C)