segunda-feira, 14 de março de 2011

«O Meu Livro de Cabeceira»




O livro que eu escolhi para o projecto «O Meu Livro de Cabeceira» foi «Loja de Suicidas», da autoria de Jean Teulé (editora Guerra & Paz).

O livro conta-nos as aventuras de uma familia que só pensa em morte, mas de uma forma engraçada. Eles são cinco: Mishima, o pai Tuvache, Lucrécia, a mãe Tuvache, Alan (o filho mais novo), Marilyn (a filha) e Vincent (o filho mais velho).

Nesta família, ninguém não pode conviver com as pessoas de fora, mas o filho mais novo não é como os outros: é irrequieto e simpático com toda a gente e gosta muito de brincar. Os pais ficam fulos por causa dele. Mas também a filha queria ser como os outros, gostava de ir sair com rapazes, mas os pais não deixavam, portanto ela queria morrer. O filho mais velho era um rapaz que não quer saber de nada e está sempre “na dele”. Os pais só queriam a protecção dos filhos e queriam satisfazer os clientes.

Numa parte do livro, quando Marilyn fez anos, em casa deram-lhe os parabéns com uma pergunta invulgar: “Não estás feliz por teres menos um ano de vida?”. Eles viviam a vida toda ao contrário, o bolo era um caixão, e as prendas eram muito especiais: a prenda dos pais era veneno (qualquer rapaz que a beijasse morria); Vincent deu-lhe um capacete intregal de moto, em carbono indestrutível — tinha duas dinamites; era para quando os pais os deixassem eles se matarem. Ela metia o capacete e explodia e não sujava a parede. O filho mais novo ofereceu-lhe um colar.

A prenda dos pais foi um sucesso para o comércio; quando beijava as pessoas elas morriam. Chamava-se “Death Kiss”. Todos iam, rapazes, velhos, mulheres. Marilyn nunca tinha beijado tanta gente. O feitiço demorava alguns minutos a fazer efeito. Havia casos raros, em que só morriam passados uns dias, mas muito raros. Entretanto, depois de tanta gente, apareceu o rapaz do cemitério, o Ernest, que era quem Marilyn amava, e pediu-lhe um beijo, mas Marilyn não lho deu!

Eu gostei deste livro, pois adoro comédia e este livro chamou-me bastante a atenção, por ser feito à base de humor negro. Recomendo-o aos meus colegas, eu acho que eles vão morrer de rir.

A linguagem utilizada é corrente, com vocabulário acessível e facilmente compreendido pelos leitores. Aqui fica alguns exemplos:

“Quando, na escola, lhe perguntaram o que são suicidas, ele respondeu: «São habitantes da Suíça».”
*

“— Mamã!
— Que foi agora? - pergunta a mãe na cozinha.
— O Alan está a pôr canções alegres!”
*

“… mergulhou uma maçã numa solução de cianeto e pousou-a numa mesinha. Em seguida, pintou um quadro e depois comeu a maçã
— Estás a brincar!
— Diz-se que é por essa razão que o logótipo da Apple é uma maçã com uma dentada. A maçã de Alan Turing.”

Luís Bráulio (nº 12, 9º C)