segunda-feira, 28 de março de 2011

Concurso «Quem Conta um Conto… Acrescenta um Ponto»



No passado mês de Fevereiro a nossa escola aderiu ao concurso Quem Conta um Conto…Acrescenta um Ponto, promovido pelo Semanário Sol em parceria com o Plano Nacional de Leitura. Este concurso aberto aos alunos do 2º Ciclo incidia na continuação de um dos títulos da «Colecção de Clássicos da Literatura Portuguesa Contados Às Crianças» que cada escola escolhesse. A nossa escola escolheu As Viagens na Minha Terra de Almeida Garrett adaptado para os mais novos por Rui Zink.

Dos trabalhos realizados pelos nossos alunos o escolhido para representar a nossa escola a concurso foi o da aluna Inês Filipa Gomes do 6º A.



Continuação “Viagens na minha Terra”

O tempo estava negro, Carlos tinha emigrado para a Inglaterra e Portugal estava nas mãos de uma Guerra Civil. Joana e sua avó não sabiam o que dizer ou até mesmo pensar.

Para surpresa de Joaninha, Carlos aparecera em Portugal. Ele estava transtornado e ainda inquieto pelo facto de ter descoberto que afinal quem tinha sido morto era seu tio, (pai de Joaninha), e afinal a pessoa que ele tanto julgara e maltratara era seu pai.

Joaninha apesar de tudo continuava a amar Carlos mais do que tudo. Mas Carlos já não a compreendia, nem a ela nem a ninguém.

A noticia de Frei Dinis ser pai de Carlos estava espalhada por toda a aldeia e arredores. Sempre que alguém se cruzava com ele a pergunta era sempre a mesma:”Então Carlos como vão as coisas com o teu pai?”. E a resposta constante: “Sabes por vezes aprender a amar alguém é mais difícil que odiá-la!”.

Joana já não aguenta ver Carlos a sofrer. Nesse mesmo dia, á noite, Carlos diz a Joaninha que decidira partir de novo para a Inglaterra.

Joaninha entretanto adoecera. Seu amado estava incontactável há cerca de 4 meses, pelos vistos a ida para Inglaterra não lhe fizera melhor mas fizera muito pior. A doce e amável avo bem avisara Carlos que abstrair-se da família e dos seus verdadeiros amigos, não era a solução para os seus problemas, mas ele como sempre não lhe ligara.

O tempo passara aos poucos e poucos ,mas esses poucos eram cada vez mais rápidos, Joaninha já estava curada. A sua avó agradecia aos céus por sua netinha estar sã e salva enfim.

Mais que tudo, Joaninha, quer compreender porque Carlos não responde a suas cartas, telegramas, etc. Passados vários dias, finalmente Carlos responde a uma várias cartas de Joaninha. Então Joaninha vai para o pé de sua avó e começa a ler carta que seu primo escrevera a dizer dizia: “Queridas avó e Joaninha. Antes de vos escrever esta carta tive de pensar muito. De facto o que justifica também eu não ter escrito é devido a não ter sentido essa necessidade, aqui na Inglaterra consegui esquecer a mágoa que tinha, desde o dia em que a verdade me foi contada, consegui aprender a amar uma pessoa depois de a ter odiado tantos anos, fez-me bem Um beijo, Carlos.”.

Como era de esperar Joaninha e sua avó ficaram de tal maneira emocionadas que logo lhe responderam.

Há muito tempo que não se sabia nada de Frei Dinis por esses e outros motivos ele aparecera para por conversa em dia com Joaninha. Já ele tinha lhe tinha dito que estava satisfeito com o caminho que seguira, e também disse que estava muito orgulhoso de Joana, com a mulher que ela se tornou, acrescentando, que ela conseguiu tornar Carlos numa pessoa melhor, consigo e também para com os outros. Joaninha agradece-lhe.

Quando Joaninha conclui a carta saiu de casa para ir aos correios, deparou-se com Carlos, nem parecia o mesmo, estava diferente, desta vez a avó não tinha razão, a Inglaterra fez-lhe bem. Mal chegou, ele soube que Joaninha tinha falado com Frei Dinis, logo se informou onde vivia, como estava…

Na semana seguinte Carlos foi visitar o seu pai. Frei Dinis espantou-se ele estava mesmo diferente, ele já só tinha esperança de uma coisa que Carlos ficasse com Joaninha.

E assim foi a partir daí o seu amor ainda cresceu mais e mais.

Depois de se casarem, Joaninha e Carlos, decidiram visitar Georgina e assim o fizeram.

Já em Inglaterra, a conversa entre Joaninha e Georgina estava longa:

- Sabes Joaninha, nunca estive mais feliz na minha vida, antes a minha vida resumia-se numa maré de azar, agora é uma maravilha! – Exclama Georgina.

- Acredito Georgina, tens uma casa muito acolhedora. – Responde Joaninha.

- Georgina, eu e o Carlos vamos voltar para Portugal para a semana. Não queres mostrar-nos as vistas? – Pergunta Joaninha.

Claro com muito gosto Joaninha! – Exclama Georgina.

Inglaterra de facto é um país maravilhoso, as vistas são incríveis.

Infelizmente o tempo passa a correr.

Joaninha e Carlos tinham voltado para Portugal (nada é tão bom como o nosso lar).

Afinal de contas tudo fica bem quando acaba bem Joaninha e Carlos ficaram juntos, a avó foi viver com eles, Frei Dinis continuou com sua vida e Georgina arranjou um novo amor resumindo foi uma mulher feliz...


Inês Filipa Gomes (nº 8, 6º A)