segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

«O Meu Livro de Cabeceira»




O livro que escolhi para ler, no âmbito do projecto «O Meu Livro de Cabeceira» foi «Parabéns, Rita» de Maria Teresa Maia Gonzalez. Gostei de o ler, porque faz ver e pensar nos adolescentes de uma forma diferente, ou seja, pelo lado dos pais, faz reconhecer que aquilo que por nós fazem é para o nosso bem, mesmo quando não gostamos.

Este livro retrata uma jovem adolescente de quinze anos, chamada Rita, que dizia que os pais eram muito reservados. Ela era uma excelente aluna, gostava de sair com a sua melhor amiga Cristina e conhecia um rapaz chamado Filipe, de quem gostava desde pequenina. Um dia convidou-o para a sua festa de anos sem a mãe saber. Só a Cristina é que tinha conhecimento desta situação, porque os pais de Rita achavam-no um rufia.

No dia em que a Rita faz anos, recebeu das mãos de um estranho uma prenda inquietante. A partir desse dia nunca mais passou a ser uma rapariga feliz. O seu universo familiar e afectivo sofreu um abalo muito profundo. De um momento para o outro, Rita passou a não ir aos lugares que costumava frequentar. Os amigos, pais, namorado e a escola deixaram de existir no mundo dela. Os seus 15 anos estavam a ser infernais! Jamais tinha passado por uma coisa destas na sua vida.

Questionava-se quem seria esse homem misterioso (que lhe enviara o presente) e os pais diziam que era um antigo amigo do seu pai. Mas esse não parecia real. Rita nunca podia dizer nada, pois a mãe tinha um problema de coração. Os pais nunca lhe davam, aliás, a devida atenção, só queriam que a filha fosse perfeita na escola e que não andasse com gente mal-educada, não queriam, por exemplo, que ela tivesse namorados.

A rapariga tinha vergonha de levar amigos para sua casa, pois quando eles iam lá a mãe comentava a sua forma de ser. Já o pai de Rita era um médico conceituado, mas nunca estava em casa. Ela só podia desabafar sobre o seu problema com a sua melhor amiga.

E foi assim que certo dia Rita encontrou esse homem lhe queria contar uma história muito antiga. Ele dizia que era seu pai, que os pais com quem vivia eram adoptivos e que a mãe biológica morrera num acidente de viação. A partir de então, Rita teve uma depressão, não falava com os pais, tinha de ser acompanhada por uma psicóloga, mas as pessoas diziam que quem ia ao psicólogo tinha «pancada».

Começou então a sentir-se mais leve, mas não estava com muita paciência para rever os amigos e família. A Rita tentou relacionar-se com o pai biológico e com a sua família.

O tipo de linguagem usado pela autora é juvenil e a partir dela consegue-se uma leitura muito fácil deste livro.

Eu aconselho os meus colegas a leram o livro, porque ele mostra-nos de uma forma muito realista os problemas dos jovens na sociedade actual e representa a nossa geração em situações sociais e psicológicas.

Também sugere que a sociedade vive numa mentira, já que por vezes a educação e a protecção dos pais parecem não nos satisfazer, mas estes dão o seu melhor. A obra faz os jovens pensar numa maneira diferente sobre os seus pais, permitindo-lhes reconhecer que muito do que os pais fazem é para o nosso bem!

Ana Rita Boulhosa (nº 2, 9º C)