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Almeida Garrett foi, como se sabe, um orador brilhante. Exerceu funções políticas (como cônsul, ministro e secretário de estado) que juntou às de escritor, razão por que os seus textos transportam não raras vezes uma eloquência própria de quem lidou de perto com a necessidade de parlamentar.
As «Proclamações Académicas» (1820) são, neste âmbito, um bom exemplo do talento do escritor, e prova da sua força interventiva, nas vésperas da Guerra Civil, que acabaria com o trunfo do liberalismo (ideologia que Garrett defendeu e que o levou ao exílio). Deixamos um exemplo.
Académicos nº 3
Basta de sofrer! É muito ó mocidade portuguesa! Os ferros que se quebraram à nação, só ficaram nos nossos pulsos. Uma trama odiosa triunfou da Justiça e da Verdade. Haveis de sofrê-lo? Haveis de levar a sangue frio o nome de escravos, o opróbrio deles? E na geral felicidade, na liberdade geral arrastar grilhões, e contentar-vos de gemer? Não; não o fareis. Reja os nossos passos a prudência, mas se for preciso mais que ela, empregue-se tudo. Sejamos livres, embora mortos.
As «Proclamações Académicas» (1820) são, neste âmbito, um bom exemplo do talento do escritor, e prova da sua força interventiva, nas vésperas da Guerra Civil, que acabaria com o trunfo do liberalismo (ideologia que Garrett defendeu e que o levou ao exílio). Deixamos um exemplo.
Académicos nº 3
Basta de sofrer! É muito ó mocidade portuguesa! Os ferros que se quebraram à nação, só ficaram nos nossos pulsos. Uma trama odiosa triunfou da Justiça e da Verdade. Haveis de sofrê-lo? Haveis de levar a sangue frio o nome de escravos, o opróbrio deles? E na geral felicidade, na liberdade geral arrastar grilhões, e contentar-vos de gemer? Não; não o fareis. Reja os nossos passos a prudência, mas se for preciso mais que ela, empregue-se tudo. Sejamos livres, embora mortos.
Almeida Garrett, Proclamações Académicas (1820)