terça-feira, 18 de maio de 2010

«O Meu Livro de Cabeceira»



O livro que escolhi para ler este período foi «Por Favor, Não Mexer!», de Márcia Batista, publicado pela primeira vez em 2004, na editora Oficina do Livro. Foi o primeiro livro desta autora e devo dizer que o adorei completamente!

“Por favor, não mexer!” retrata a história de uma actriz de vinte e dois anos, chamada Bárbara, que teve uma adolescência complicada. O livro começa com a narradora a dizer-nos que encontrou Bárbara sentada no café do costume. “Lá estava ela, ao fundo, sentada, como se nada se passasse à sua volta. (…) Parecia não ver as pessoas, que, entusiasmadas e curiosas, sussurravam entre si que estava ali uma figura pública. (…) Tudo servia para comentar, mas ninguém se aproximava para lhe pedir um autógrafo, como seria de esperar.” Depois de se cumprimentarem, Bárbara pede à amiga que se sente e diz-lhe que pensou na sua proposta e que era naquele dia que iria saber de tudo. Então, sem mais nem menos, Bárbara pega num gravador e pede à amiga (que era uma jornalista recém-formada) que comece a gravar o que lhe iria dizer.

Um dia, Bárbara e a sua melhor amiga Mariana combinaram ir tomar um café ao Majestic, um café na Baixa da cidade do Porto. Lá conversam até que um homem que aparentava estar nos seus quarenta anos de idade se aproximou delas. Apresentou-se, disse-lhes que eram muito bonitas e que tinha tido um problema com duas modelos que iam desfilar umas roupas dele. Tentou convencê-las a substituir as duas modelos, e lá conseguiu. O desfile era nessa mesma noite, algures nos arredores da Maia.

Bárbara e Mariana foram logo pedir autorização aos pais, que as deixaram. Depois do desfile, as duas amigas foram a uma discoteca com alguns modelos que também tinham participado no desfile. Mariana falou com um rapaz chamado Júlio e Bárbara conheceu um rapaz chamado Francisco. Enquanto estes falavam, Mariana mandava ultimatos com os olhos como forma de dizer a Bárbara que queria ir embora. Bárbara e Francisco combinaram ir almoçar na próxima Quarta-feira. Uns dias depois, às quatro da manhã em plena praia, Francisco dedica-se a Bárbara, pedindo-a em namoro. Ela aceitou, obviamente.

Mais ou menos a meio do livro, descobrimos que, a vinte de Dezembro de mil novecentos e noventa e cinco, depois do jantar do décimo oitavo aniversário de Bárbara, Mariana sofre um acidente de viação e fica em estado de coma. Bárbara foi visitá-la todos os dias até que chegou a noite de Ano Novo. Bárbara não estava num disposição de festejar mas, a pedido de Francisco, foi à sua festa. Depois desta acabar, Francisco pede a Bárbara que se junte a ele no sofá. Começa a beijá-la e abre-lhe a blusa enquanto lhe beijava o pescoço. Bárbara disse que não queria e levantou-se, mas Francisco puxou o seu braço com força e forçou-a a sentar-se. Agarrou-lhe os braços e beijou-a à força até que ela o conseguiu empurrar e se levantou. “De repente, o meu príncipe transformara-se num sapo.” Bárbara pediu-lhe que a levasse para casa e ele assim o fez. Não falaram durante a viagem toda.

Pouco depois, Bárbara e Francisco fizeram as pazes, até que este lhe disse que engravidou a sua ex-melhor amiga Sandra. Bárbara acabou tudo com ele e, meses depois, veio a descobrir que Mariana tinha falecido. Ao saber das notícias, Francisco arranja maneira de voltar a andar com a Bárbara. Mas, desta vez, fez muito pior. Depois de a convidar para jantar em sua casa, Francisco viola Bárbara e, semanas depois, esta descobre que está grávida.

Bárbara decide falar com a única pessoa que a iria ajudar, a sua avó. Contou-lhe tudo menos o facto de Francisco a ter violado. Após Bárbara ter tomado uma decisão, a avó leva-a a uma clínica para ela fazer o aborto. Depois disso, jura que nunca irá ter filhos. Mal ela sabe que se irá casar e ter um filho. Mal ela sabia que iria ter um final feliz.

Carolina Teixeira (nº 7, 9ºA)