quarta-feira, 12 de maio de 2010

«O Meu Livro de Cabeceira»



«Para Maiores de Dezasseis» é uma das obras mais recentes de Ana Saldanha e foi a que eu escolhi para ler. É um romance juvenil, que retrata a realidade do nosso país, fala de uma rapariga com quinze anos que se envolve com um homem de vinte e nove anos.

A protagonista feminina, Dulce, é uma rapariga adolescente, outrora uma criança gordinha, que se reinventa fisicamente quando ouve uma conversa entre o pai e uma das suas namoradas, mas que também altera o seu interior para se adaptar às pessoas com as quais se cruza.

Dulce é no fundo uma criança com corpo de mulher. Utiliza o poder que a sociedade lhe dá para seduzir um homem adulto sem pensar nas consequências. O protagonista masculino, Eduardo (mais conhecido por Eddie, e primo da Titó, a amiga de Dulce) era mais velho, mais experiente, nitidamente um pedófilo, pois ele foge com uma menor para Seattle, EUA.

Sente o medo de ser apanhado pois o que está a fazer é ilegal, mas ele não consegue controlar o que sente por ela, uma rapariga quem simpatizou desde que a viu, no facebook.

Ele adorava-a mas na casa da Titó não lhe ligou nenhuma, tentando resistir. Isso deixava-o louco. Acabaram ainda assim por combinar fugir juntos para Seattle e assim foi.

Dulce esqueceu-se do seu telemóvel na casa da sua amiga Titó, e quando se lembrou já estava a caminho de Seattle. Em casa de Titó, localizada em Vila Nova de Senfins, estavam todos preocupados, pois ainda não sabiam se Dulce tinha chegado ao Porto, o seu suposto destino.

A GNR de Vila Nova de Senfins foi informada de que Dulce não tinha chegado ao Porto, pois a sua mãe ligou para o seu telemóvel e quem atendeu foi o pai de Titó e a mãe de Dulce, disse que a sua filha ainda não tinha chegado ao Porto.

O livro começa com a GNR a interrogar Titó para tentar arrecadar mais informações: a agente achava que Titó a podia ajudar, pois era amiga da Dulce. A dada altura, esta começa a relatar tudo o que se passou.

Por fim, conseguiram escrever um relatório sobre tudo o que se passou: “ Uma adolescente de 15 anos, residente no Porto, avistada pela última vez na estação de caminhos-de-ferro de Vila Nova de Senfins ao final da tarde de 27 de Julho, foi encontrada na quarta-feira em Santiago de Compostela por agentes da Guarda Civil espanhola na companhia de um homem de 29 anos, informou aquela força policial do país vizinho em comunicado conjunto com a GNR. Ao serem abordados, o indivíduo adulto (também natural do Porto, mas residente em Seattle, EUA), aparentou um comportamento suspeito, contradizendo-se ao ser interpelado por elementos da força policial espanhola. Posteriormente, foi apurado que tinha sido comunicado o desaparecimento da menor no posto da GNR de Vila Nova de Senfins no passado domingo à noite. A menor e o homem de 29 anos foram avistados em diversos locais de Santiago de Compostela a terem «afectos fora do normal, que ultrapassavam o habitual entre familiares ou amigos», segundo fonte policial. Na hipótese de se estar perante uma situação de tráfico de menores agravada pelo desenraizamento da menor do seu ambiente familiar para a prática de actos sexuais de relevo, a situação foi remetida pela GNR para o Departamento de Investigação Criminal do Porto da Policia Judiciária. O jovem adulto foi constituído arguido e presente pela Judiciária a primeiro interrogatório. O juiz de instrução criminal determinou que aguardasse julgamento em liberdade, condicionada a apresentações periódicas no posto policial da área de residência da sua família. A menor, que está a ser seguida pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo no Porto, foi entregue à família. No entanto, nega repetidamente que tenho sido vítima de crime de subtracção e abuso sexual. «Aparentemente, não estaria a ser coagida», adiantou a fonte policial. Em Portugal, é ilegal realizar um acto sexual com uma menor entre as idades de 14 a 16 anos aproveitando-se da sua inexperiência.”

Gostei imenso da obra, espero convencer os meus colegas a lerem esta obra que é muito interessante.

Bárbara Fonseca (nº5, 9º A)