terça-feira, 4 de maio de 2010

«O Meu Livro de Cabeceira»



Neste período, escolhi o livro “O Diário de Anne Frank”, em primeiro lugar porque o tinha de ler para fazer um trabalho de história e em segundo lugar porque é um clássico, um livro que toda a gente devia ler pelo menos uma vez na vida. Este livro é uma referência não só literária como também histórica.

Anne Frank nasceu no dia 12 de Junho de 1929 e morreu quando tinha 15 anos num campo de concentração no início de Março de 1945 e era judia.

Este livro, o seu diário, foi publicado pela primeira vez em 1947 e nos dias de hoje é um dos livros mais traduzidos a nível mundial. Este livro tem tanto sucesso não só por Anne ser uma adolescente com talento e que escrevia como acuidade e beleza, mas porque este diário retrata a vida de uma adolescente na época do holocausto, deixando assim as pessoas a perceber mais sobre o quanto os judeus sofreram nas mãos dos nazis e o quanto alguns tiveram de passar para sobreviver durante mais alguns anos, acabando mesmo assim por serem encontrados pelos nazis.

No início do livro, Anne ainda fala de sua vida normal, com uma casa, uma família unida e feliz, uma boa alimentação, e tudo o que uma criança precisa para ter uma vida boa e ser feliz.

Também ao pensar no facto de Anne ter mais ou menos a mesma idade que eu me apercebo da sua maturidade e talento, pois escreve com coração, com noção nos problemas e nos acontecimentos que se vão desenvolvendo à sua volta e escreve com beleza e conseguindo expressar os seus sentimentos no papel, uma coisa que eu não conseguiria fazer.

Ao longo do livro, nota-se um amadurecer na personalidade e na sua maneira de ser, a sua relação com a família piora pois Anne começa a perceber que os seus pais não são assim tão perfeitos como ela imaginava. Num ponto da história ela chega mesmo a dizer que os “odeia”, especialmente a sua mãe.

Também à medida que vai ficando mais velha, começa a falar do holocausto, e daquilo que as pessoas lhe contavam. Do facto de velhinhos, pobres e todos os outros tipos de judeus, estarem nas suas casas e serem levados pelos nazis para os campos de concentração e serem divididos entre os que podia trabalhar, e os que não serviam para mais nada e que eram mandados directamente para serem incinerados ou seja mortos.

Outras das razões pelas quais eu gostei tanto e recomendei o livro é que muitos de nós (alunos) iremos ler este livro obrigados por algum professor de História e assim não acharemos nada de interessante ou bom no livro. Mas caso comecemos a lê-lo por nossa iniciativa após vermos boas críticas e de termos várias pessoas a recomendarem-no ao lermos a história iremos apreciar a sua beleza, a sua importância e iremos acima de tudo ler o livro sempre com vontade de virar a página.

Carla Sofia Soares Carvalho (nº6, 9ºA)