quarta-feira, 21 de abril de 2010

«Romance da Raposa»



O conhecido «Romance da Raposa» de Aquilino Ribeiro é a escolha, em 2010, do projecto comum de leitura das Escolas do Concelho do Porto, projecto promovido pela Biblioteca Almeida Garrett.

No nosso Agrupamento, o romance está a ser estudado, em regime de leitura orientada, nas turmas do 3º e 4º anos das EB1s e do 2º ciclo, sendo também escolha para a Hora do Conto, conforme noticiámos já, nas turmas do 5º A e 5º C. Para esse estudo, forma criados guiões de leitura, estando, de igual modo, a ser preparadas algumas actividades lúdicas a partir da leitura e do estudo do livro.

Recorde-se que o resultado final deste projecto de leitura comum será exposto no espaço da Biblioteca Almeida Garrett, entre 1 e 15 de Junho próximo, estando reservado para os dias 14 e 15 desse mês a apresentação de trabalhos multimédia, cénicos, musicais e poéticos, produzidos no âmbito do seu desenvolvimento.

Aquilino Ribeiro, um dos rostos associados à Proclamação da República, cujo Centenário se assinala este ano, escreveu inicialmente o «Romance da Raposa» para o final Aníbal, como prenda de Natal, em 1924. A obra viria a ser publicada, com ilustrações de Benjamin Rabier, em 1959, sendo posteriormente adaptada para animação cinematográfica.

Gerações inteiras vêm-se apaixonando por esta fábula, cujo fundo decorre das fábulas da Antiguidade e do célebre «Le Roman de Renart» francês (recolha dos séculos XII e XIII com animais, em particular a raposa, no centro da narrativa).

Aquilino Ribeiro conta-nos, pois, a história de Salta-Pocinhas, “raposeta, matreira, fagueira, lambisqueira!”, desde a sua emancipação (forçada) da toca dos pais até à sua velhice. Pelo meio, um sem número de episódios e de personagens contracenam consigo, entre eles, o Corvo, o Rei Lobo, o Texugo D. Salamurdo ou o Urso, imagens do poder efabulado à maneira de animais.

A escrita de Aquilino é uma das razões mais valiosas para a leitura desta pequena obra-prima, que, temos a certeza, será comprovado pelos nossos leitores de palmo e meio (e pelos mais crescidos), agora que a obra regressa à ribalta e promete prender mais uma geração de leitores…