Foto: Equipa da Biblioteca
Árvores
Percorro os caminhos da terra
Para escutar o antigo e longínquo
Silêncio. O que deu nome às coisas e às árvores
Antes de todas as coisas terem um nome.
Seiva, musgos, líquenes, húmus, terra, chuva
São tudo o que eu vejo.
Mas sei que há segredos muito antigos presos às raízes intocáveis
das árvores. Feitos de vozes ou de ecos.
E sei que os soberbos troncos
Abrigam histórias do tempo inicial.
E que a sua folhagem estremece
Ao vento
porque existem deuses ou simples pássaros que procuram
o descanso, a sombra.
O que eu ainda não sei
é a explicação do equilíbrio, da estrutura
e do sussurro
que nos liga às árvores
como carne a ser devorada pelo vazio.
E tudo volta ao princípio.
Mas agora já não se dão nomes às coisas
nem às árvores.
Estamos sós. E permanecemos.
Professora Ana Paula Alves (Escola E. B. 2, 3 do Viso)
Percorro os caminhos da terra
Para escutar o antigo e longínquo
Silêncio. O que deu nome às coisas e às árvores
Antes de todas as coisas terem um nome.
Seiva, musgos, líquenes, húmus, terra, chuva
São tudo o que eu vejo.
Mas sei que há segredos muito antigos presos às raízes intocáveis
das árvores. Feitos de vozes ou de ecos.
E sei que os soberbos troncos
Abrigam histórias do tempo inicial.
E que a sua folhagem estremece
Ao vento
porque existem deuses ou simples pássaros que procuram
o descanso, a sombra.
O que eu ainda não sei
é a explicação do equilíbrio, da estrutura
e do sussurro
que nos liga às árvores
como carne a ser devorada pelo vazio.
E tudo volta ao princípio.
Mas agora já não se dão nomes às coisas
nem às árvores.
Estamos sós. E permanecemos.
Professora Ana Paula Alves (Escola E. B. 2, 3 do Viso)