Vem aí o Natal e, como é de lei, os contos ganham um colorido especial, levando-nos pela mão até ao mundo maravilhoso das fadas e dos castelos, dos duendes e anões, da neve e da lareira acesa, dos príncipes e dos mendigos, das dificuldades de sempre, da solidariedade, do amor.
A nossa Biblioteca convida todos os alunos, professores e restante comunidade a procurar nas suas estantes alguns dos livros que fazem parte desse maravilhoso, desde Charles Dickens (autor de algumas das mais belas narrativas natalícias, tantas vezes adaptadas ao cinema), até Sophia de Mello Breyner Andresen.
Nesta quinzena, as sessões da Hora do Conto centram-se na história “O meu primeiro Natal em Portugal” do livro «Há Sempre Uma Estrela no Natal» de Luísa Ducla Soares, obra ilustrada por Fátima Afonso. Uma narrativa comovente, que retrata Irina, uma imigrante ucraniana em Portugal, cuja dor da separação dos seus amigos e terra de origem, se vê agudizada pela época de Natal (“Sente-se como uma extraterrestre…”).
Começa a história assim:
É véspera de Natal. Mas não para Irina. Para ela só será Natal a 7 de Janeiro, quando as aulas tiverem recomeçado.
A mãe aproveita umas horas extra, na pastelaria, para preparar fornadas de bolos-reis.
O pai, antes de sair, marcou-lhe páginas de trabalhos de casa. É preciso, para poder acompanhar os colegas.
Folheando o dicionário, a pequena ucraniana procura as palavras portuguesas que há-de escrever em frente das que tão bem conhece.
Depois da audição do conto, os alunos do 5º, 6º e 7º anos deverão registar a sua opinião no Livro da Hora do Conto, sendo igualmente convidados a fazer uma leitura dramatizada deste texto e a escreverem uma reflexão sobre a importância das palavras na demonstração dos afectos: “O Afonso ofereceu a palavra fada a Irina. Irina ofereceu a palavra estrela. Que palavras queres tu oferecer e a quem? Queres falar da importância e da beleza que tem essa palavra para ti?”