segunda-feira, 5 de julho de 2021

INSPIRAÇÕES

Inspirados pelo amor aos animais da Sr.ª Gage, a protagonista de A Viúva e o Papagaio, de Virgínia Wolf, o João, o Santiago e o Vicente, do 5.º B, no âmbito da disciplina de Português, em articulação com a Biblioteca Escolar, escreveram estes belíssimos textos.


Juleão

 

            Juleão é o meu melhor amigo e companheiro.

            Nas férias de verão vou sempre para casa da minha avó Mi, que fica lá para o norte numa terra chamada Vilarelho, onde tem muitos campos e árvores.

            A casa da minha avó tem um enorme terraço com um grande jardim onde eu brinco. E foi aí que o vi pela primeira vez com o seu pelo dourado à volta do pescoço, senhor de grandes patas e a abanar a cauda.

            Era um grande cão, sim senhor, e estava a olhar para mim do quintal da vizinha. Cheguei-me mais perto do muro e ele começou a rebolar no chão e a fazer maluquices, mas depressa se enrodilhou na corrente que tinha ao pescoço. Com tanta agitação, a vizinha apareceu.

            - Olá João. Estás por cá? – perguntou ela.

            - Sim, estou de férias. Como se chama o cão? – perguntei curioso.

            - Chama-se Juleão.

            - Juleão?! – repeti o nome admirado.

            - Sim. Ju por causa da sua juba e leão porque é grande e come que se farta. – respondeu prontamente.

            - Ele é mau? Ferra? – perguntei curioso.

            - Não! Ele é muito meiguinho. Podes vir aqui a baixo fazer-lhe festinhas. Ele vai adorar.

            E assim foi. Comecei, então, a brincar com o Juleão todos os dias. Eu atirava uma bola ou um pau que gostava de roer.

            A vizinha ficou muito contente por eu brincar com o Juleão, pois ela não tinha tempo para brincadeiras e também uma certa idade. Resolveu retirar-lhe a corrente para ele correr livre pelo quintal.

            Gosto muito dele e acho que ele também gosta muito de mim. Quando vou para a cama, antes de adormecer, penso nas brincadeiras que fazemos e rio-me sozinho.

           João Macedo, 5.ºB


Ler é bom

 

Ler livros é bom porque transmite sensações de amor, carinho e curiosidade por vários assuntos.

O livro “A Viúva e o Papagaio” de Virgínia Woolf , conta-nos a história de uma senhora que tinha um amor enorme pelo seu animal de estimação e que fica a conhecer um papagaio.

É uma história muito interessante onde fala de sentimentos nobres como o amor ao próximo e sobretudo aos animais.

Livros como este ajudam-nos a aumentar o nosso vocabulário, a desenvolver o pensamento e o raciocínio, mas sobretudo a refletir sobre os nossos atos.

Santiago, 5.ºB


O amor aos animais

 

            Há muito, muito tempo atrás, ainda os dias não eram contados, vivia um senhor numa aldeia situada no norte da Europa.

            O senhor era muito pobre e havia dias que não comia, porque não tinha como arranjar alimentos.

            Certo dia, o homem pegou numa pedra afiada e num cabo de madeira e fez uma faca. De seguida, foi para a floresta e começou a procurar animais para caçar. Procurou, procurou, até que encontrou um coelho. Quando se preparava para lhe dar uma facada disse para si mesmo: “Será que vale a pena tirar a vida a este pobre animal? Eles, animais, também devem ter sentimentos como nós, os humanos.

            Dito isto, largou a faca e foi-se embora para casa, prometendo a si mesmo nunca matar nenhum animal. Então, decidiu dedicar-se à agricultura e, desde esse dia, nunca mais pensou em caçar, tornando-se, assim, num homem mais feliz.

            Vicente André, 5.ºB


Os alunos do 6.º A, inspiraram-se na obra Os Piratas, de Manuel António Pina e escreveram também textos muito interessantes e cheios de aventura, ainda no âmbito da disciplina de Português, em articulação com a Biblioteca Escolar. Os autores dos textos publicados são o João, o Rodrigo Rajão e, para terminar em apoteose, a Ariana.


Em Busca do Tesouro

 

            No dia dez de dezembro de 2020, comecei a minha viagem à procura do tesouro perdido, na ilha perigosa dos Cem Paus.

          Levava comigo dois amigos de confiança chamados Joaquim e Teodolfo, materiais e mantimentos para me ajudarem nesta grande aventura.

          Assim começava a nossa viagem, uma das nossas maiores dificuldades foi lidar com as temperaturas frias e os mares agitados.

          Com o balançar do nosso barco, perdemos os mantimentos, ficamos sem comida só que no meio dos materiais tínhamos duas canas de pesca, assim conseguimos pescar e alimentarmo-nos, apesar dos mares agitados.

           No dia onze acordamos já na ilha e começamos a nossa procura. Começamos por encontrar três caixas de rebuçados, três de gomas e três de chupas. Ficamos todos contentes com tantas guloseimas e começamos a comer tudo rapidamente. No entanto, depois ficamos com dores de barriga e tivemos de fazer uma sesta antes de partimos de regresso a casa.

           No dia doze regressamos a casa e as nossas famílias estavam no cais para nos receberem.

            Assim foi a nossa aventura em busca do nosso tesouro perdido.

          João Oliveira, 6.º A


O Tesouro do Barco Fantasma

 

Lá estava eu em 1703. Estava a bordo de um navio de um pirata, um marujo conhecido e temido, Barba Negra. Estávamos à procura de um tesouro que há muito era procurado.

Zarpámos e quando estávamos em alto mar, de repente, soou um trovão. Começara uma tempestade tão forte, que os marujos pensavam que Poseidon tinha despertado a sua fúria. Alguns caíram ao mar e nunca mais foram vistos. A tempestade durou cinco dias e cinco noites.

Quando estávamos a chegar à ilha, um navio estrangeiro descobriu-nos e foi travada uma batalha épica. Nós ganhamos e ficamos com todos os bens preciosos e os mantimentos que o outro barco transportava. Algum tempo depois, chegamos ao destino. Só faltava encontrar a caverna e desenterrar o tesouro.

Finalmente, conseguimos encontrá-lo dentro de uma arca. Quando a abrimos o chão começou a tremer e surgiu um navio fantasma com marinheiros fantasma. O capitão deles disse-nos que não devíamos estar ali e que nos ia matar se não saíssemos. Começamos a lutar e quando estávamos prestes a derrotá-los, o capitão repetiu que não devíamos estar ali porque… e desapareceu misteriosamente. Nós não demos grande importância à situação, pegamos no tesouro, fugimos, embarcamos e fomos embora.

Estávamos há cerca de uma semana em alto mar, eramos 50 pessoas a bordo. Tudo parecia normal, mas, no dia seguinte, já só eramos quarenta. Era um mistério. Fomos ao porão e encontramos os cadáveres dos dez marinheiros que faltavam. Então lembramo-nos das palavras do capitão fantasma e achamos que ele nos tinha amaldiçoado. Cinco dias mais tarde já não havia tripulação, no entanto, estranhamente eu não tinha morrido.

Voltei a terra e pensei que devemos dar sempre ouvidos às pessoas.

Rodrigo Rajão, 6.º A



Uma Viagem no Navio


Estávamos em 1940. Lembro-me de vestir aquelas roupas que, agora, só os reis e as rainhas usam. Lembro-me também dos piratas que me acompanharam nessa viagem. O comandante chamava-se Miguel Viela, que tinha como braço direito Rafael Cruz que o ajudava a conduzir o nosso “Sexto A”. Na proa estavam o Rodrigo Ribeiro e o Ibrahim, que supervisionavam qualquer aproximação ao nosso navio. Lembro-me ainda dos lenços que usavam na cabeça. Na altura achava-os lindos, mas agora, nem posso olhar para eles. Na ponte estava Sónia Ramalho, que dava as indicações à Beatriz Barbosa, à Francisca Inácio e a mim. Disse-nos que íamos parar duas vezes durante a viagem, que esta iria durar 11 meses. Iríamos, também, encontrar muitas dificuldades, como por exemplo: tempestades, rochedos altos e bancos de areia…

No salão de baile dominava Helena Carvalho, com a ajuda de Vicente Silva, Iara Oliveira, David Lemos, Marisol Silva, Paula Pereira e Nádia Oliveira. No casco estavam o Rodrigo Rajão, a Renata Remelgado e a Clara Câmara. Estes três estavam quase sempre nas camaratas a dormir ou a fazer qualquer outra coisa. E por fim, na popa, onde só ficavam os que só atrapalhavam na hora do trabalho árduo, estavam o Martim Vieira, o Diego Magalhães, o João Oliveira e o Giovanni Fernandes.

Éramos todos muito unidos, brincávamos, trabalhávamos, apoiávamo-nos uns aos outros e passamos por muitos obstáculos… Mas no fim, o que permaneceu foi a nossa união. A união do Sexto A, do nosso Sexto A.

Ariana Ramos, 6.º A