Inspirados pelo amor aos animais da Sr.ª Gage, a protagonista de A Viúva e o Papagaio, de Virgínia Wolf, o João, o Santiago e o Vicente, do 5.º B, no âmbito da disciplina de Português, em articulação com a Biblioteca Escolar, escreveram estes belíssimos textos.
Juleão
Juleão é o meu melhor amigo e
companheiro.
Nas férias de verão vou sempre para
casa da minha avó Mi, que fica lá para o norte numa terra chamada Vilarelho,
onde tem muitos campos e árvores.
A casa da minha avó tem um enorme
terraço com um grande jardim onde eu brinco. E foi aí que o vi pela primeira
vez com o seu pelo dourado à volta do pescoço, senhor de grandes patas e a
abanar a cauda.
Era um grande cão, sim senhor, e estava
a olhar para mim do quintal da vizinha. Cheguei-me mais perto do muro e ele
começou a rebolar no chão e a fazer maluquices, mas depressa se enrodilhou na
corrente que tinha ao pescoço. Com tanta agitação, a vizinha apareceu.
- Olá João. Estás por cá? –
perguntou ela.
- Sim, estou de férias. Como se
chama o cão? – perguntei curioso.
- Chama-se Juleão.
- Juleão?! – repeti o nome admirado.
- Sim. Ju por causa da sua juba e
leão porque é grande e come que se farta. – respondeu prontamente.
- Ele é mau? Ferra? – perguntei
curioso.
- Não! Ele é muito meiguinho. Podes
vir aqui a baixo fazer-lhe festinhas. Ele vai adorar.
E assim foi. Comecei, então, a
brincar com o Juleão todos os dias. Eu atirava uma bola ou um pau que gostava
de roer.
A vizinha ficou muito contente por
eu brincar com o Juleão, pois ela não tinha tempo para brincadeiras e também
uma certa idade. Resolveu retirar-lhe a corrente para ele correr livre pelo
quintal.
Gosto muito dele e acho que ele também gosta muito de mim. Quando vou para a cama, antes de adormecer, penso nas brincadeiras que fazemos e rio-me sozinho.
João Macedo, 5.ºB
Ler é bom
Ler
livros é bom porque transmite sensações de amor, carinho e curiosidade por
vários assuntos.
O
livro “A Viúva e o Papagaio” de Virgínia Woolf , conta-nos a história de uma
senhora que tinha um amor enorme pelo seu animal de estimação e que fica a
conhecer um papagaio.
É
uma história muito interessante onde fala de sentimentos nobres como o amor ao
próximo e sobretudo aos animais.
Livros como este ajudam-nos a aumentar o nosso vocabulário, a desenvolver o pensamento e o raciocínio, mas sobretudo a refletir sobre os nossos atos.
Santiago,
5.ºB
O amor aos animais
Há muito, muito tempo atrás, ainda
os dias não eram contados, vivia um senhor numa aldeia situada no norte da
Europa.
O senhor era muito pobre e havia
dias que não comia, porque não tinha como arranjar alimentos.
Certo dia, o homem pegou numa pedra
afiada e num cabo de madeira e fez uma faca. De seguida, foi para a floresta e
começou a procurar animais para caçar. Procurou, procurou, até que encontrou um
coelho. Quando se preparava para lhe dar uma facada disse para si mesmo: “Será
que vale a pena tirar a vida a este pobre animal? Eles, animais, também devem
ter sentimentos como nós, os humanos.
Dito isto, largou a faca e foi-se embora para casa, prometendo a si mesmo nunca matar nenhum animal. Então, decidiu dedicar-se à agricultura e, desde esse dia, nunca mais pensou em caçar, tornando-se, assim, num homem mais feliz.
Vicente André, 5.ºB
Os alunos do 6.º A, inspiraram-se na obra Os Piratas, de Manuel António Pina e escreveram também textos muito interessantes e cheios de aventura, ainda no âmbito da disciplina de Português, em articulação com a Biblioteca Escolar. Os autores dos textos publicados são o João, o Rodrigo Rajão e, para terminar em apoteose, a Ariana.
Em
Busca do Tesouro
No dia dez de dezembro de 2020,
comecei a minha viagem à procura do tesouro perdido, na ilha perigosa dos Cem Paus.
Levava comigo dois amigos de
confiança chamados Joaquim e Teodolfo, materiais e mantimentos para me ajudarem
nesta grande aventura.
Assim começava a nossa viagem, uma
das nossas maiores dificuldades foi lidar com as temperaturas frias e os mares
agitados.
Com o balançar do nosso barco,
perdemos os mantimentos, ficamos sem comida só que no meio dos materiais tínhamos
duas canas de pesca, assim conseguimos pescar e alimentarmo-nos, apesar dos
mares agitados.
No dia onze acordamos já na ilha e
começamos a nossa procura. Começamos por encontrar três caixas de rebuçados, três
de gomas e três de chupas. Ficamos todos contentes com tantas guloseimas e
começamos a comer tudo rapidamente. No entanto, depois ficamos com dores de barriga
e tivemos de fazer uma sesta antes de partimos de regresso a casa.
No dia doze regressamos a casa e as
nossas famílias estavam no cais para nos receberem.
Assim foi a nossa aventura em busca do nosso tesouro perdido.
João Oliveira, 6.º A
O Tesouro do Barco Fantasma
Lá
estava eu em 1703. Estava a bordo de um navio de um pirata, um marujo conhecido
e temido, Barba Negra. Estávamos à procura de um tesouro que há muito era
procurado.
Zarpámos
e quando estávamos em alto mar, de repente, soou um trovão. Começara uma
tempestade tão forte, que os marujos pensavam que Poseidon tinha despertado a
sua fúria. Alguns caíram ao mar e nunca mais foram vistos. A tempestade durou
cinco dias e cinco noites.
Quando
estávamos a chegar à ilha, um navio estrangeiro descobriu-nos e foi travada uma
batalha épica. Nós ganhamos e ficamos com todos os bens preciosos e os
mantimentos que o outro barco transportava. Algum tempo depois, chegamos ao
destino. Só faltava encontrar a caverna e desenterrar o tesouro.
Finalmente,
conseguimos encontrá-lo dentro de uma arca. Quando a abrimos o chão começou a
tremer e surgiu um navio fantasma com marinheiros fantasma. O capitão deles
disse-nos que não devíamos estar ali e que nos ia matar se não saíssemos.
Começamos a lutar e quando estávamos prestes a derrotá-los, o capitão repetiu
que não devíamos estar ali porque… e desapareceu misteriosamente. Nós não demos
grande importância à situação, pegamos no tesouro, fugimos, embarcamos e fomos
embora.
Estávamos
há cerca de uma semana em alto mar, eramos 50 pessoas a bordo. Tudo parecia
normal, mas, no dia seguinte, já só eramos quarenta. Era um mistério. Fomos ao
porão e encontramos os cadáveres dos dez marinheiros que faltavam. Então
lembramo-nos das palavras do capitão fantasma e achamos que ele nos tinha
amaldiçoado. Cinco dias mais tarde já não havia tripulação, no entanto,
estranhamente eu não tinha morrido.
Voltei
a terra e pensei que devemos dar sempre ouvidos às pessoas.
Rodrigo Rajão, 6.º A
Uma Viagem no Navio
Estávamos
em 1940. Lembro-me de vestir aquelas roupas que, agora, só os reis e as rainhas
usam. Lembro-me também dos piratas que me acompanharam nessa viagem. O
comandante chamava-se Miguel Viela, que tinha como braço direito Rafael Cruz
que o ajudava a conduzir o nosso “Sexto A”. Na proa estavam o Rodrigo Ribeiro e
o Ibrahim, que supervisionavam qualquer aproximação ao nosso navio. Lembro-me
ainda dos lenços que usavam na cabeça. Na altura achava-os lindos, mas agora,
nem posso olhar para eles. Na ponte estava Sónia Ramalho, que dava as
indicações à Beatriz Barbosa, à Francisca Inácio e a mim. Disse-nos que íamos
parar duas vezes durante a viagem, que esta iria durar 11 meses. Iríamos,
também, encontrar muitas dificuldades, como por exemplo: tempestades, rochedos
altos e bancos de areia…
No
salão de baile dominava Helena Carvalho, com a ajuda de Vicente Silva, Iara
Oliveira, David Lemos, Marisol Silva, Paula Pereira e Nádia Oliveira. No casco
estavam o Rodrigo Rajão, a Renata Remelgado e a Clara Câmara. Estes três
estavam quase sempre nas camaratas a dormir ou a fazer qualquer outra coisa. E
por fim, na popa, onde só ficavam os que só atrapalhavam na hora do trabalho
árduo, estavam o Martim Vieira, o Diego Magalhães, o João Oliveira e o Giovanni
Fernandes.
Éramos
todos muito unidos, brincávamos, trabalhávamos, apoiávamo-nos uns aos outros e passamos
por muitos obstáculos… Mas no fim, o que permaneceu foi a nossa união. A união
do Sexto A, do nosso Sexto A.
Ariana Ramos, 6.º A