Neste domingo, fazemos o balanço da nossa PRIMAVERA DOS POETAS, com cinquenta e três textos publicados, até ao momento. Foram escritos por alunos, desde o 5.º ao 9.º Ano, uns individualmente, outros coletivamente, por assistentes operacionais, por assistentes técnicos e por professores. Estamos convictos de que, em breve, teremos textos de pais e encarregados de educação para publicar. Para nós será uma enorme satisfação!
Temos ainda muitos poemas em
espera para partilhar com os nossos leitores. Nem todos reúnem os requisitos
para poderem ser publicados, mas agradecemos o empenho de todos os que
participaram com os seus trabalhos. Muitos alunos colaboraram com mais do que
um texto e nem sempre é viável partilhá-los todos. No entanto, é nosso
propósito publicar pelo menos um trabalho de cada um.
Deixamos para vossa fruição as
duas últimas estrofes do belíssimo poema de Álvaro Magalhães, intitulado,
precisamente, Para que serve a Poesia.
Para que serve a poesia?
Serve para haver poesia.
Para o homem ser um homem.
Para o gato ser um gato.
Para a flor ser uma flor.
Não fosse ela, a poesia,
e não nascia o Sol.
Tudo o que havia
era uma noite eterna,
escura e fria.
É por haver poesia,
que os dias são dias.
Isso eu sei.
E tu, sabias?
Álvaro
Magalhães, O brincador, Edições Asa, 2009