A Turma do 6.º A tem continuado a "viajar no tempo" e alguns trabalhos merecem ser publicados. Estes que apresentamos, um texto e um desenho, feitos no início do Ensino à Distância, são a resposta ao desafio de imaginarem ser um missionário que tinha ido em missão para o Brasil, no século XVIII, à semelhança do Padre António Vieira. O propósito era denunciarem a escravatura e as condições em que os escravos viviam.
Contra a Escravatura
Eu sou a missionária Renata e venho
denunciar as condições horríveis e maus-tratos que os escravos passam no
Brasil.
A minha missão é procurar índios e
tentar convertê-los ao cristianismo mas também defendê-los da escravatura. Esta
missão tem sido difícil, porque é complicado ver as outras pessoas a sofrer
tanto, e eu fico triste por ver que existem pessoas muito más.
Os escravos andam nus enquanto os
senhores andam vestidos luxuosamente.
Os escravos morrem de fome enquanto os
senhores fazem banquetes.
Os escravos carregam ferro até a exaustão
enquanto os senhores nadam em ouro e prata.
Os escravos têm medo dos senhores como
se eles fossem deuses, enquanto os senhores descarregam pancada nos escravos.
Os escravos morrem exaustos, asfixiados
ou doentes. Outros revoltam-se e outros tentam fugir mas acabam sempre por ser
capturados e espancados com muita violência.
A
dor é sentida e cheirada a quilómetros de distância.
Somos todos seres humanos, todos filhos
de Adão e Eva. Como é possível os senhores serem tão maus e violentos. Os
escravos trabalham para eles, mas merecem respeito e boas condições de vida,
pois sem eles os senhores não teriam quem fizesse o trabalho duro. Os escravos
são almas grandes, os senhores não têm alma.
Renata Filipa Remelgado, 6.ºA
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Autora: Paula Pereira, 6.º A |