quinta-feira, 31 de maio de 2012

«Aqui gostamos de ler Alves Redol»

                                                    
Criança, Literatura Infantil e Neorrealismo

Amanhã, 1 de junho, celebra-se o Dia Mundial da Criança e, para assinalar o dia, o SABE (Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares) e a Biblioteca Almeida Garrett elaboraram um desdobrável, no âmbito do projeto de animação comum para o ano letivo 2011-2012, este ano dedicado a Alves Redol e ao Neorrealismo.

Nele podemos encontrar diversas informações relativas à criança e à literatura, especialmente no período neorrealista, como autores de livros infantis (além de Alves Redol, Aquilino Ribeiro, Alice Gomes, Matilde Rosa Araújo, entre outros), sugestões de leitura (nomeadamente A Vida Mágica de uma Sementinha e Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos de Alves Redol), a situação da criança nessa época e algumas curiosidades. A este propósito transcrevemos um excerto de Violante F. Magalhães que retrata a condição da criança no Neorrealismo “A situação da criança portuguesa entre finais da década de 30 e os anos 60 do século XX prova que foram diversificados os destinos da infância no Mundo Ocidental. Num quadro de explosão demográfica acentuada deste estrato etário, a política do Estado Novo ficava aquém da de outros países ocidentais: não garantia um apoio digno a filhos de famílias carenciadas; não viabilizava o acesso a uma escolaridade elementar de molde a que ela se tornasse efetiva; permitia a exploração laboral da infância. Por conseguinte, nesses tempos de uma economia débil e de uma política repressiva, estava vedado a um número considerável de crianças o exercício do seu ofício (...)”.