
O livro que escolhi para ler foi «Ninguém perguntou por mim», é o 12º romance da colecção de livros de António Mota, uma continuação de os «Filhos de Montepó» – Montepó é uma terra remota e esquecida de Portugal. Este é um livro com as suas 240 páginas, a primeira edição foi feita em Setembro de 2008 e é do género “romance juvenil”.
António Mota é um escritor de livros muito interessantes e sempre muito aguardados pelo público juvenil! Ele é natural de Baião, colaborou em vários jornais e em diversas acções organizadas por Bibliotecas e Escolas Superiores de Educação. Tem obras traduzidas em espanhol e alemão Ganhou vários prémios, como o da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, com o livro «O Rapaz de Louredo». António Mota tem vindo a mostrar um papel importante na difusão do gosto pela leitura e escrita nas crianças e jovens.
Eu escolhi este livro, principalmente pelo título, porque muitas vezes acho que ninguém se lembra de mim, ou seja, ninguém pergunta por mim! Porém, não foi só o título que me chamou à atenção. Como se costuma dizer, “Não se julga o livro pela capa”. A maneira de escrever deste escritor agradou-me desde que li «A Casa das Bengalas». O escritor tem um sentido de escrita muito bom e acessível, pois eu nunca fiquei tão agarrada a uma leitura, como acontece desde que comecei a ler as obras dele.
Neste romance, fiquei mais fixada na leitura a partir da parte em que António, o irmão e sua mãe foram visitar uma senhora conhecida da mãe deles. Tanto a senhora como a casa tinham um algo de sinistro, de estranho. Ora, eu sempre gostei de um pouco de mistério. Deixo aqui um excerto: «(…) A meio de uma parede destacava-se um quadro com um retrato a sépia de um casal de velhos. A velhota sorria timidamente e mostrava um grande lenço a cobrir-lhe a cabeça e a boca desdentada. Tinha ao peito um grosso cordão de ouro. Um par de arrecadas realçava-lhe as orelhas pequenas, parecidas com as dos morcegos.»
Gosto de umas frases existentes no fim desta história. «Quem diz que nem gosta nem desgosta não está apaixonado»; «A imaginação é o reino onde podemos criar e fazer crescer as fantasias mais íntimas»; de uma carta de Abílio para Ana Teresa, de que seleccionei algumas frases: «Tu és um sol de Verão, uma lua-cheia numa noite sem estrelas, uma laranja madura que me refresca a boca» e «O conhecimento é a melhor ferramenta que se pode arranjar para sairmos da mediocridade».
Desta vez é-me possível a relação entre esta leitura e outra do mesmo género e, por coincidência, do mesmo autor: falo da leitura já por mim feita de «A Casa das Bengalas». Este último tive de o ler para o Concurso de Leitura: se eu nunca tivesse precisado de o ler, jamais teria descoberto como este escritor é tão bom naquilo que faz ou escreve. Acho que era uma óptima leitura, para as férias que se aproximam e até podia ser uma boa prenda para se pedir aos nossos pais!
Andreia Moreira (nº 3, 9º A)