segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

«O Meu Livro de Cabeceira»



Eu escolhi o livro «O Assassino Leitor» de Álvaro Magalhães, que tem 155 páginas e cuja primeira edição é de 1997. É um romance de aventura e eu escolhi-o porque o acho interessantíssimo, aventureiro, magnífico, espectacular e a linguagem que o próprio autor coloca é verdadeiramente acessível aos jovens de hoje.

Este livro fala de uma história de três rapazes que acontece por causa de uma notícia vista por um deles no telejornal sobre uma serie de crimes que estavam a acontecer e que eles resolvem investigar. São crimes que estavam escritos em livros e que se estavam a tornar realidade.

A dada altura, os jovens apercebem-se que o seu professor de Português é uma das futuras vítimas: é quando decidem entrar em acção e intrometer-se na investigação do Inspector Cavadinhas (o responsável pela resolução das mortes e pela captura do assassino).

Os jovens seguem uma pista, a de que todas as vítimas se conheceriam desde os tempos de escola e que se juntavam todos para fazerem um “Clube de livros secretos”e liam os tais livros proibidos nessa época mas mais que isto é que eles tinham um grande segredo que ninguém sabe a não ser os próprios e que só eles o partilham há mais de trinta e tais anos. Mas os crimes não paravam de acontecer e cada vez que eles encontravam algum já alguém tinha morrido, até que a dada altura só restavam dois desses homens do tal clube misterioso e um deles era o autor do livro que relata todos crimes, sendo o outro um produtor de cinema.

Ao saber mais pormenores, o bando desloca se até à casa do inspector, que entretanto se havia aleijado, e descobre que os dois membros do clube misterioso haviam, em filme, desejado boa morte um ao outro, o que era muito estranho. Foi como se algo de errado se passasse ali e como os jovens não ficaram muito satisfeitos com as respostas, continuaram a sua instigação.

Descobriram por exemplo que os dois “sobreviventes” se iam encontrar num tal dia (chegamos assim ao último episodio do tal livro dos crimes): quando na hora marca os jovens chegam ao local, deparam com os dois a cavar um buraco e alguns minutos depois com uma pequena caixa de metal que eles desenterraram. Com o desenrolar da situação um deles sacou de uma pistola e apontou para o outro, confessando ser o assassino e que queria matar o outro para acabar a história do livro.

O outro sacou também de uma arma e os dois disparam. Quando o grupo de jovens viu aquilo ficou em estado de choque, até porque assim não ficaria rasto de quem teria sido o assassino.
Foi então que reparam todos que aparecera um homem vindo do nada, rindo-se de gozo por os dois terem feito aquilo e cheio de admiração pelos jovens: quem era o homem? Nada mais, nada menos que o professor de Português deles!

Os dois homens levantam-se e para espanto do Professor, percebe-se que era tudo uma farsa, visto que um deles era produtor de cinema e tinham pregado uma grande partida ao Professor, apanhando-o na armadilha, pois era este o autor de todos os crimes.

Todos tinham esperado que chegasse a “hora H” e que a tal caixa se abrisse. No seu interior só havia pó e mais nada. A ironia de tudo, como uma das personagens diz, é que “morreu tanta gente por causa de uma maldita caixa de pó”. E tudo terminou assim!

Marcelo Silva (nº 10, 9ºA)