segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

«O meu livro de cabeceira»



O livro que decidi escolher foi “Os Cinco e o Tesouro do Pirata” de Enid Blyton. Tem cento e cinquenta e nove páginas e trata-se de um livro de aventura. A primeira edição portuguesa é de 1988 e a quarta e actual edição data de 2003.

É um bom livro, com uma linguagem acessível aos jovens, tal como se pode ver neste excerto: «…A senhora Dorsel fixou prontamente a atenção nas vitrinas onde se viam copos de cristal e baixela antiga…», ao mesmo tempo é cativante e entusiasmante «…um alçapão! – bradou a Zé, entusiasmada. – É a entrada do subterrâneo…» e ainda engraçado pelos jogos de palavras… «… - Também gosto de anguitidades. – Antiguidades, pateta! …». É um daqueles livros em que à medida que avançamos na história, mais apetece continuar a ler para sabermos como ela termina.

O livro conta a aventura de quatro primos e um cão (o inteligente e corajoso Tim), que estão de férias na casa de um dos primos e vão a um leilão dos bens de um velho muito dedicado ao mar e aos seus antiquados livros. No leilão adquiriram um livro que escondia um pergaminho e que falava sobre um possível tesouro. Para encontrar o mapa precisavam de outros livros sobre aventuras marinhas e encontrar neles letras assinaladas que indicavam a sua localização.

Após as suas buscas, descobrem o lugar do mapa e é nele revelado o caminho para o tesouro. Para chegar até ele teriam que passar por um subterrâneo que se encontrava obstruído. Quando encontraram a passagem gritaram felicíssimos mas… alguém os vigiava. Alguém que sabe do tesouro e pretende tê-lo em sua posse…possivelmente um espião. Os primos passam a ter mais cuidado…mas será o suficiente?!

Encontraram o alçapão para o subterrâneo e com dificuldade chegam à gruta. Escondido num compartimento estava o tesouro…as riquezas de um corsário. Entretanto, foram surpreendidos pelos malfeitores que reclamam o saque. Amarraram com uma corda os cinco e fecharam-nos no cofre-forte com a promessa de que viriam no dia seguinte para buscar o tesouro.

Eles acabam por se soltar graças à audácia de Tim e, impedidos de sair pela passagem inicial, descobrem outra saída. Apressaram-se a ir para casa onde os tios e o chefe da polícia discutiam. Os jovens põem-nos a par da situação e armam uma cilada aos malfeitores e como refere no livro: “Tudo está bem quando termina bem!”.

Este livro lembra-me por exemplo as aventuras do “Triângulo Jota” de Álvaro Magalhães, porque ambas as aventuras partilham o mesmo suspense em relação ao desenrolar da história – intriga, descoberta, revelação…e também porque apresentam o típico final feliz de uma aventura de amigos, neste caso primos, de que toda a gente gosta!

Aconselho definitivamente todos os jovens e adultos a lerem esta fantástica aventura, na qual nos envolvemos à medida que a lemos. Cada vez mais intrigante, passo a passo, acontecimento após acontecimento.

Pedro Miguel Caetano Oliveira nº14, 9ºA