segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

«O meu livro de cabeceira»



“A pérola” de John Steinbeck

John Steinbeck era um escritor norte-americano: nasceu no dia 27 de Fevereiro de 1902 e morreu dia 20 de Dezembro de 1968. Este livro é a sua “pérola”, tem 109 páginas, é um conto e foi escrito em 1945.

É um livro baseado num conto mexicano, constitui uma inesquecível parábola sobre as grandezas e misérias do mundo em que vivemos. É, assim, a história de uma pérola, de como foi encontrada e como foi perdida — essa pérola, quando perdida, levou consigo sonhos bons e maus! Relata a vida de uma família, constituída por uma mulher, um pescador e o filho de ambos.

É uma história que atrai o leitor, não só por a ansiedade de chegar ao fim e saber como tudo irá acabar, mas também porque é uma história que cativa desde o início devido ao seu conteúdo, pelas dificuldades da família, pelo facto de Coyotito ter sido mordido por um escorpião e o acto de desespero por parte da sua mãe, Juana, que lhe tenta rapidamente sugar o veneno. Kino decidiu levar o seu filho ao médico da cidade, mas este quando sabe que eles são pobres não os atende.

Então Kino pegou na sua canoa e tentou encontrar uma pérola grande, tão grande que a partir dela pudesse levar o seu filho ao médico. Procurou e encontrou-a. Kino quis vendê-la para dar uma vida melhor à sua família e levar Coyotito ao médico, mas, mal a notícia chegou aos ouvidos do médico, ele apressa-se em vir à cabana onde vivia a pobre família, pois queria a pérola para si.

Kino tenta vendê-la para pagar ao médico mas os compradores dizem que não tem valor algum. Nessa mesma noite, estranhos atacaram Kino e a luta casou um morto. Kino queria sair dali, pois pensava que a pérola era preciosa, mas na verdade só trazia problemas: ele a sua família foram perseguidos durante alguns dias, mas nunca os apanharam, pois Kino, era inteligente e acabou por os despistar. Kino tornou-se frio, cauteloso e queria a toda a força a espingarda que um dos batedores trazia na mão.

Esta pérola foi um distúrbio para a família de Kino: ele queria ser rico, e ao mesmo tempo, salvar a família. Kino estava a ser ganancioso, prudente e protector ao mesmo tempo. Por um lado, ele queria salvar a família e, por outro, queria a riqueza para poder ter a espingarda que sempre desejou, e já não ouvia Juana que lhe dizia que aquela pérola era maligna e que só estava a trazer problemas. Por mais que ela falasse não adiantava, Kino era de ideias fixas, sabia bem o que queria e não desistia de nada.

Gostei imenso de ler esta história, penso que quem a lê, tira as suas próprias conclusões. Fiquei um pouco surpreendida com o final, pois pensava que Coyotito iria morrer.

A parte do livro que me chocou mais foi quando o menino foi picado: vou citar essa parte: "Pela corda que suspendia o caixote do bebé do tecto da cabana descia lentamente um escorpião. Tinha cauda erguida, mas poderia cravá-la numa fracção de segundo. A respiração de Kino silvava nas suas narinas e teve de abrir a boca para o evitar. E então o olhar assustado e a rigidez do corpo desapareceram. Na sua cabeça uma nova canção, a Canção do Mal, a música do inimigo, de qualquer inimigo da família… O escorpião movia-se cuidadosamente pela corda, descendo em direcção ao caixote… Mas, Kino estava em movimento. O seu corpo deslizou silenciosa e suavemente pela casa. Tinha as mãos estendidas para a frente, com as palmas voltadas para baixo e os olhos postos no escorpião. Dentro do caixote, Coyotito ria-se e estendia a mão para o animal… Kino ficou imóvel… Não se podia mover sem que o escorpião se movesse… A mão de Kino avançou muito lentamente, muito cuidadosamente. A cauda curvada retesou-se subitamente. E, nesse momento, Coyotito a rir, agitou a corda e o escorpião caiu. Kino estendeu a mão para o agarrar, mas o animal, escapou-lhe por entre os dedos, caiu sobre o ombro da criança, fincou-se e picou-o."

Eu fui convencida. Agora espero conseguir convencer outros leitores!

Bárbara Fonseca (nº 5, 9º A)