sexta-feira, 11 de março de 2022

Love is in the air!

 

Apesar do mês de fevereiro já ter terminado, o amor continua no ar e deixou-nos belos textos demonstrativos de quanto o tema “Love is in the air!” inspirou os nossos alunos.                               Aqui publicamos dois exemplares que vale a pena ler.


Deu-me vontade…

Hoje deu-me para ver o céu

E vi o quão escuro ele está.

Iluminado apenas por estrelas, pela lua

E janelas com as luzes acesas

Com pessoas a fazer o mesmo

Que eu faço neste momento.

 

Vi que o mundo parou,

A vida acabou, dificultou

E a escuridão avançou.

 

Já não vejo o mesmo brilho que havia.

De todas as vontades,

a que mais me ataca

É gritar para o mundo

 para que tudo volte a ser como antes.

 

Mas afinal a vida é assim.

Só volta tudo, se lutarmos para tal.

 

Numa brisa gelada,

Na época de inverno,

Ainda vejo momentos

Que aquecem o meu coração.

 

Mas, infelizmente, isso não dura para sempre,

O que é triste…

Porque seria uma boa desculpa

Para mostrar ao mundo que podemos ser algo melhor,

Fazer melhor

E amadurecer mais depressa.

 

Mas a maldade avançou primeiro

com sintomas vulgares como:

Inveja,

Críticas,

Injustiça.

É para mim a variante mais contagiosa que pode existir…

 

Sinto-me infeliz.

Por não poder viver com pessoas felizes.

Porque essa é a realidade,

Ninguém está feliz.

Fico triste,

Por saber que os outros não estão.

Sinto-me culpada

Por não estar ali para todos eles.

Sinto-me devastada.

Por vezes até choro

Por tão culpada me sentir.

 

Se tivesse de fazer um pedido,

Pedia que tudo voltasse a ser o mesmo.

 

As crianças a brincar com outras,

E não ficarem coladas num ecrã.

Um casal adulto respeitar-se,

E não se violentar.

 

A ligação de pais e filhos ser imensa,

E não apenas trabalho e dinheiro.

 

Os amigos conhecerem o significado de segredos, amizade e lealdade,

E não se invejarem uns aos outros.

 

E, por fim, um casal adolescente saber o significado de cuidar, confiar e amar,

E não trair e abusar.

 

Apenas um desabafo para o mundo. 

Carolina Ignácio, 9.ºB

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A rapariga da janela – uma história de amor

Eu não sei quando, não sei o dia nem o ano, sei que era meado de primavera...

A minha falecida avó contava-me esta história. Não sou de me comover com histórias, mas esta, com certeza, mexe com qualquer um. Enfim, vou contar resumidamente essa história.

Uma família, que aparentava ser normal tinha-se mudado para a casa ao lado onde vivia uma menina. A família tinha três filhos. O do meio tinha a mesma idade que essa menina e, por coincidência, a janela do quarto desse rapaz ficava de frente da janela do quarto da rapariga. Eles acenavam um para o outro, mas nada de mais. Eles nem sabiam o nome um do outro.

 Até que chegou um dia em que a menina ouviu umas batidas na janela, e adivinhem? Não, não era o rapaz. Eram umas pedrinhas pequeninas e numa delas havia um papel que dizia: ”Encontra-me na última casa da rua, às quatro da tarde. ASS: Vizinho da janela”.

A menina foi lá e o menino já a esperava. Eles conversaram por umas duas horas e rapidamente se tornaram grandes amigos. Faziam tudo juntos, brincavam juntos e estudavam juntos. Mas, certo dia, o rapaz e a sua família tiveram de mudar de país para ajudar uns parentes seus que estavam a passar dificuldades. Na altura, já as duas famílias eram muito amigas. Então, fizeram uma despedida. Essa despedida foi muito triste, principalmente, entre o rapaz e a rapariga pois não sabiam quando é que se voltariam a ver. Os dois prometeram que nunca se iriam esquecer, mutuamente.

 O tempo foi passando e a cada dia que passava, sentiam mais e mais saudades um do outro e pensavam que, provavelmente, não se tornariam mais a ver. Passou-se um ano, passaram-se dois, três, quatro anos e a rapariga olhava para a janela. Já não acreditava que o rapaz ainda se lembrasse dela. Afinal, as pessoas fazem muitas promessas que depois não conseguem cumprir.

Já era primavera de novo e a família da rapariga andava preocupada com ela, pois andava sempre triste e melancólica. Num fim de semana, a rapariga tinha voltado a olhar para a janela da outra casa, e… qual não foi o seu espanto quando viu aquele rosto a olhar para ela. Seria verdade o que ela via? Ou seria um sonho? Não podia acreditar! O rapaz estava a acenar-lhe com aquele seu sorriso que ela já não via há tanto tempo. Saiu logo de casa a correr e foi bater à porta da casa do rapaz. Sim, era mesmo ele, e pelo seu olhar ainda se lembrava dela.

 Abraçaram-se longamente sem nenhum dos dois acreditar no que estava a acontecer. Conversaram sobre tudo o que tinha acontecido. A alegria enchia de novo os seus corações. Nessa noite, as duas famílias jantaram juntas felizes por se terem voltado a ver após anos. A partir daí, tudo voltou ao normal, e a rapariga e o rapaz cresceram juntos sem mais separações. Com o tempo acabaram por namorar e tiveram uma longa vida amorosa pela frente.

Essa rapariga era a minha avó que me ensinou várias lições de vida. Com esta história aprendi que nunca devemos desistir das pessoas de quem gostamos e mais vale esperar durante muito tempo por essa pessoa do que desistir dela.

Joana Silva e Vanda Nunes, 7ºB

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