O tema deste mês de janeiro era “O mundo que nos rodeia”.
A partir daqui, foi sugerido aos alunos que abrissem as asas da sua imaginação e se deixassem voar ao sabor do vento.
Alguns voaram em textos poéticos, outros em histórias maravilhosas e outros ainda em textos de opinião.
Ficam aqui alguns exemplares que recomendamos vivamente a sua leitura.
O mundo que nos rodeia
Na cidade de Nova Iorque, vivia um pequeno rato chamado Artur. Ele vivia nas ruas, muito focado em sobreviver numa cidade tão grande e agitada.
Artur vivia tranquilamente, até que um dia, decidiu mudar a sua vida de cabeça para baixo. Ele concluiu que queria ver o mundo que o rodeia, queria ver a vida na cidade, nas lojas, em todo o lado. Em primeiro lugar, o pequenote foi a uma loja de roupas e viu o dinheiro a circular, as roupas a sair das lojas dentro de bonitos sacos, que o Artur chama de abrigos voadores, e os clientes a entrar e a sair, numa grande agitação.
Depois de contemplar tanta coisa, o nosso ratinho ficou com fome. Então, dirigiu-se a um beco e encontrou um pedaço de pão seco, que acabou por comer, ele também gosta de chamar aos pedacinhos de pão, pedrinhas com sabor. Depois descansou e continuou a explorar a vida, o mundo que o rodeava. Por fim, à noite, dirigiu-se para Times Square, onde ouviu muita coisa interessante e viu os grandes monitores luminosos de publicidade, a que chamou de quadrados cintilantes.
Depois de um dia tão atarefado, o nosso ratinho acabou por adormecer num copo de café que estava no chão.
Rodrigo Rajão, 7.º A
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O mundo que nos rodeia
Ultimamente andei a pensar
Que todas as pessoas se andam a borrifar
Para as notícias que estão a dar
E o Covid já nos está a chatear
Temos de em casa ficar
Vamos ter de nos isolar
É vida é lidar
Com tantos problemas no ar
A Covid está a disfarçar
Como a Rússia a Ucrânia atacar
O Costa deve estar a brincar
Pode-se estar com Covid, mas ir
votar?
Votar no Chega é para chorar
O fascismo quererá ele de novo
levantar?
Mas as pessoas não se estão a preocupar
Depois dizem que a abstenção está a
aumentar
É uma ironia de espantar
A seca no sul de Portugal está a
proliferar
Mas ninguém disso está a falar
Esta geração só se fica a queixar
Em vez de tentar mudar
Para a poesia acabar
Vou ter de me calar
Mas quem se vai importar?
Alguém isto irá visualizar?
João Ribeiro, 9.º B