quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

O mundo que nos rodeia

O tema deste mês de janeiro era “O mundo que nos rodeia”. 

A partir daqui, foi sugerido aos alunos que abrissem as asas da sua imaginação e se deixassem voar ao sabor do vento. Alguns voaram em textos poéticos, outros em histórias maravilhosas e outros ainda em textos de opinião.

Ficam aqui alguns exemplares que recomendamos vivamente a sua leitura.


O mundo que nos rodeia

Na cidade de Nova Iorque, vivia um pequeno rato chamado Artur. Ele vivia nas ruas, muito focado em sobreviver numa cidade tão grande e agitada.

Artur vivia tranquilamente, até que um dia, decidiu mudar a sua vida de cabeça para baixo. Ele concluiu que queria ver o mundo que o rodeia, queria ver a vida na cidade, nas lojas, em todo o lado. Em primeiro lugar, o pequenote foi a uma loja de roupas e viu o dinheiro a circular, as roupas a sair das lojas dentro de bonitos sacos, que o Artur chama de abrigos voadores, e os clientes a entrar e a sair, numa grande agitação.

Depois de contemplar tanta coisa, o nosso ratinho ficou com fome. Então, dirigiu-se a um beco e encontrou um pedaço de pão seco, que acabou por comer, ele também gosta de chamar aos pedacinhos de pão, pedrinhas com sabor. Depois descansou e continuou a explorar a vida, o mundo que o rodeava. Por fim, à noite, dirigiu-se para Times Square, onde ouviu muita coisa interessante e viu os grandes monitores luminosos de publicidade, a que chamou de quadrados cintilantes.

Depois de um dia tão atarefado, o nosso ratinho acabou por adormecer num copo de café que estava no chão. 


 Rodrigo Rajão, 7.º A

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                  O mundo que nos rodeia


 

Ultimamente andei a pensar


Que todas as pessoas se andam a borrifar


Para as notícias que estão a dar


E o Covid já nos está a chatear

 


Temos de em casa ficar


Vamos ter de nos isolar


É vida é lidar

 

Com tantos problemas no ar

A Covid está a disfarçar

Como a Rússia a Ucrânia atacar

 

O Costa deve estar a brincar

Pode-se estar com Covid, mas ir votar?

Votar no Chega é para chorar

O fascismo quererá ele de novo levantar?

 

Mas as pessoas não se estão a preocupar

Depois dizem que a abstenção está a aumentar

É uma ironia de espantar

 

A seca no sul de Portugal está a proliferar

Mas ninguém disso está a falar

Esta geração só se fica a queixar

Em vez de tentar mudar

 

Para a poesia acabar

Vou ter de me calar

Mas quem se vai importar?

Alguém isto irá visualizar?

 

                     João Ribeiro, 9.º B