segunda-feira, 16 de maio de 2011

«O Meu Livro de Cabeceira»















Este período escolhi O Hobbit, de J. R. R. Tolkien, pertence ao género fantástico, publicado pela primeira vez em 21 de setembro de 1937 pela editora Europa-América, cuja narrativa antecede a história contada na série "O Senhor dos Anéis" em 60 anos.

J. R. R. Tolkien foi um escritor, professor universitário e filólogo britânico. Lutou na Primeira Guerra Mundial, onde começou a escrever os primeiros rascunhos do que se tornaria o seu "mundo secundário" complexo e cheio de vida, denominado Arda, palco das mundialmente famosas obras, O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion, esta última, sua maior paixão, que, postumamente publicada, é considerada sua principal obra, embora não a mais famosa.

O livro tem 259 páginas, está dividido em dezanove capítulos e contém dois mapas, no início e no fim. Nele, o autor desenrola uma história fictícia, na qual entram, um Hobbit, 13 anões (um deles feiticeiro), um dragão, trolls, aranhas gigantes, elfos, gnomos e wars (lobos).

Tudo começou numa manhã em que Bilbo (o hobbit) “estava parado à sua porta depois do pequeno-almoço, a fumar um enorme e comprido cachimbo de madeira” quando apareceu Gandalf (o feiticeiro), “Gandalf! Se tivésseis ouvido apenas um quarto do que eu ouvi a respeito dele, e eu ouvi muito pouco do tudo quanto há para ouvir, estaríeis preparados para qualquer espécie de história notável.”

Depois de uma longa conversa, Bilbo convidou Gandalf para ir a sua casa no dia seguinte tomar um chá, e assim aconteceu. Além de Gandalf, apareceram 13 anões (Dwalin, Balin, Kili, Fili, Dori, Nori, Ori, Oin, Gloin, Bifur, Bofur, Bombur e Thorin Escudo-de-Carvalho). O hobbit ficou muito assustado com tantos anões e como era muito cuidadoso entrou em pânico quando acabado o jantar, pois porque acabaram por ficar até a hora de jantar, os anões começaram a cantar:

“Rasgai a toalha e pisai a gordura!
Entornai o leite no chão da despensa!
Deixai os ossos no tapete do quarto!
Lambuzai de vinho todas as portas!”

Será que foi coincidência estes anões terem ido parar a casa do hobbit? Não, estes anões queriam que Bilbo os ajudasse a recuperar os seus tesouros que tinham sido roubados por um dragão chamado Smaug. “Havia um verme chamado Smaug, que era particularmente ganancioso, forte e perverso. (…) Bem, de muito longe, vimos o dragão pousar na nossa montanha, num jorro de chamas.”

Assim, eles saem em busca da Montanha Solitária com o objetivo de recuperar o que lhes pertence, vivendo muitas aventuras durante todo caminho, os 15 têm de atravessar as Montanhas Nebulosas, onde vão ser perseguidos por gnomos. No meio da confusão, Bilbo vai encontrar um anel que o torna invisível quando o coloca no dedo e que vai ter muita importância no desenrolar da história. “Até que, de repente, a sua mão encontrou o que, pelo tacto, lhe pareceu um pequeno anel de metal frio caído no chão do túnel.”

Depois das Montanhas e já na Floresta Tenebrosa, o grupo persegue grupos de elfos em busca de comida, acabando os anões por serem presos, “De súbito, irrompeu a luz de muitos archotes a toda a volta dele, como centenas de estrelas vermelhas. Do meio da luz saltaram elfos da floresta com os seus arcos e as suas lanças e ordenaram aos anões que parassem”. Bilbo, por sua vez, escapa devido ao anel e vai ajudar os companheiros a escaparem também, com a ajuda do mesmo.

Depois de uma breve passagem na Cidade do Lago (Esgaroth), onde restabeleceram forças, o grupo avança finalmente para a Montanha Solitária, onde o dragão dorme. Quando lá chegam, os anões decidem que Bilbo deve fazer algum trabalho de pesquisa, pois é esse o seu trabalho. Assim, este vai ao encontro do dragão, nas profundezas da montanha. “Bilbo apanhou uma grande taça de duas asas, a coisa mais pesada que podia transportar (…) Balin ficou cheio de alegria ao rever o hobbit”. O dragão acordou e ficou furioso quando se apercebeu que faltava uma taça do seu tesouro, então nessa noite foi procurar o ladrão. Não encontrou nada como era de esperar. Na tarde seguinte Bilbo desce outra vez lá abaixo e de súbito Smaug disse:

“- Então ladrão?! Cheiro-te e sinto o teu ar. Ouço a tua respiração. Avança! Serve-te de novo, há que baste e sobeje!”

E assim começou o diálogo entre Bilbo Baggins e Smaug. Depois desse emocionante diálogo, Smaug enfurecido saiu da Montanha em direcção à Cidade do Lago, onde pensou que encontraria o ladrão.

Durante o tempo em que se ausentou, os anões desfrutaram do tesouro e guardaram as armas dos seus antepassados, Bilbo, em segredo escondeu a arma que Torin desejava, a “Arkenstone”, de seguida os anões esconderam-se numa pequena casa de madeira no fundo da montanha.

Voltando a Smaug, este chegou à Cidade do Lago e lá destruiu tudo com as suas chamas, mas do nada Bard “Puxou a corda do arco até à orelha. (…) – Seta preta! Guardei-te para o fim. (…) A seta preta voou para a concavidade do peito esquerdo. (…) Aí se cravou e desapareceu. (…) Com um grito que ensurdeceu homens, Smaug subiu no ar, virou-se e caiu, destruído lá de cima.”

Uns dias depois os anões ficaram a saber, por um tordo, que Smaug morrera, mas a aventura não acaba aqui. Os homens e os elfos pensavam que os anões estavam mortos; então iniciaram a sua viagem em direcção à montanha, quando lá chegaram depararam-se com uma parede de pedras que impedia a entrada da frente e nesse momento perceberam que os anões estavam vivos.

Thorin enlouqueceu com a quantidade do tesouro e como era devido, não quis repartir parte do tesouro com os elfos nem com o povo de Bard que em tempos os ajudaram. Então Bilbo, muito indignado com a atitude do seu colega Thorin, entregou a Arkenstone a Bard para que este pudesse utilizá-la a seu favor. “Não há então nada a troco do qual cedais uma parte do vosso ouro? – Nada que vós ou os vossos amigos tenhais para oferecer. – E se for a Arkenstone de Thrain? – perguntou Bard, e ao mesmo tempo o velho abriu a caixa e ergueu a jóia.” E assim entraram em acordo, mas Gandalf regressara com más notícias, os wars (lobos) e os gnomos após se terem reunido desciam a Floresta Tenebrosa em direcção à montanha para se vingarem dos anões e ficarem com o tesouro e com a chegada destes começou a Batalha dos Cinco Exércitos. “Foi o seguinte o que a originou. Desde a queda do Grande Gnomo das montanhas Nebulosas o ódio da sua raça aos Anões reacendera-se furiosamente.” Foi uma grande e horrível batalha, mas “- As águias! – gritou Bilbo mais uma vez, mas nesse momento uma pedra arremessada de cima acertou-lhe pesadamente no capacete, e ele caiu estrondosamente e não teve consciência de mais nada.” Como já acontecera antes as águias salvaram os anões, elfos e homens e travaram a batalha dos Cinco Exércitos.

E assim acaba a aventura, Bilbo toma os sentidos e é aí que Gandalf lhe conta o sucedido enquanto esteve adormecido. Acontecido isto, os dois, Gandalf e Bilbo, regressam a casa, Bard reconstruiu a Cidade de Dale e Thorin foi o novo Rei Debaixo da Montanha.

Quando Bilbo chega a casa, encontrou tudo em alvoroço, os seus primos tomaram conta da sua casa e leiloavam tudo. Bilbo ficou desanimado mas tomou conta da situação e ainda conseguiu reaver algumas das suas coisas.

Gostei de ler este livro porque a linguagem é bastante acessível e porque nos transporta para outro mundo, um mundo de fantasia que nos deixa a vaguear pela nossa imaginação. É fantástica a capacidade de conseguirmos imaginar os locais descritos no livro, que como todos sabemos são lugares inexistentes, mas enquanto o lemos vivemos o mesmo que as personagens e quando despertamos percebemos que era tudo ficção.

Aconselho a leitura deste livro, porque, como já disse, usa linguagem corrente e para quem gosta de fantasias O Hobbit é o ideal.

BOA LEITURA!

Tatiana Parente (nº 20, 9º C)